A concentração da renda do trabalho mostrou leve queda em 2017, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (4) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Apesar do recuo, os 10% mais ricos continuam recebendo quase 50% de toda a renda do trabalho gerada.
O relatório, que abrange 189 países, mostra que, naquele ano, os 10% mais ricos do mundo receberam 48,95% da renda do trabalho – no ano anterior, esse percentual havia sido levemente maior, de 49,23%. Já os 10% mais pobres receberam 0,15% da renda, mesmo patamar registrado desde 2014. Mesmo a fatia dos 50% mais pobres ainda é muito pequena: representa apenas 6,4% do total.
Um trabalhador entre os 10% mais ricos recebeu, em média, US$ 7.445 por mês em 2017. Já os que estão entre os 10% mais pobres tiveram uma renda média mensal de apenas US$ 22. Considerando todos os 50% mais pobres, a renda foi de US$ 198, segundo a OIT.
A OIT destaca, ainda que a renda do trabalho corresponde a 51,4% de toda a renda gerada. Os outros 48,6% se referem à renda do capital – ou seja, remuneraram os proprietários do dinheiro. “É importante ressaltar que a participação do capital aumentou nos últimos anos”, aponta a entidade.