É possível avaliar e analisar as características de determinado jogador, se ele tem bons fundamentos, velocidade, técnica, entre outros aspectos. No caso de um centroavante, tudo isso fica em segundo plano, pois tal sucesso está diretamente ligado a apenas um ofício: fazer gol.
Camisa 9 atual do Bahia, Gilberto é matador e os números comprovam a teoria. A própria torcida já reconhece e, em dias de jogos, canta a mesma música usada em anos anteriores para outros goleadores, como Jael e Rafael Gladiador. A especialidade em balançar as redes é tamanha, que Gilberto já tem a melhor média entre todos os artilheiros tricolores desde que a Série A passou a ser disputada por 20 clubes e em pontos corridos, em 2006.
O atual centroavante tem sete gols em 12 jogos, que corresponde a uma média de 0,58 gol por partida. O que mais se aproximou dele foi Souza, em 2011. Naquela edição, o Caveirão marcou 11 gols em 21 partidas e teve uma média de 0,52 gol por jogo.
Outro dado que mostra a importância de Gilberto para a equipe é que nas vezes em que ele balançou a rede adversária, o Bahia não perdeu. Foram quatro triunfos (4×1 sobre o Vitória, 2×0 no Ceará, 1×0 diante do América-MG e 2×0 sobre o Sport) e três empates (1×1 com a Chapecoense, 2×2 com o Atlético-MG e 1×1 com o Palmeiras). Esse aproveitamento rendeu 51% dos pontos da equipe na competição – 15 de 29.
Apesar dos números bem relevantes, o camisa 9 divide o protagonismo com os companheiros. “Nada mais é que trabalho coletivo. Desde o dia que cheguei, estou sendo ajudado pelos meus companheiros. Até porque o futebol é coletivo. Isso me levou a fazer os gols. Fico feliz pelo meu rendimento, mas também pelo rendimento do grupo”, ressaltou o jogador.
Ano passado, Edigar Junio teve importância semelhante a que Gilberto tem tido para o time nesta temporada. O Bahia não perdeu nenhuma partida que o camisa 11 marcou. Seus 12 gols proporcionaram 21 pontos na tabela, 42% da pontuação total da equipe, que terminou o campeonato com 50 pontos.
Em 2013, “o cara” foi Fernandão. Além de ter sido o maior artilheiro tricolor em uma edição de Série A na era dos pontos corridos, com 15 gols, ele teve participação direta em 30 dos 48 pontos (62,5%) do time na competição. O Bahia venceu nove partidas, empatou três e perdeu apenas duas nas vezes que ele brocou.
Pontos que os artilheiros garantiram ao Bahia na Série A:
Souza: 2011 e 2012 – Em 2011, o Bahia fez 15 pontos em jogos que o ‘Caveirão’ marcou – quatro triunfos, três empates e duas derrotas. Em 2012 foram 16 pontos – cinco triunfos e um empate. 0,52 /0,42 gol por jogo foram as médias de Souza na Série A de 2011 e 2012. Foram 11 marcados em 21 jogos no primeiro ano e oito gols em 19 partidas no segundo.
Fernandão: 2013 – Em 2013, o Bahia fez 30 pontos em jogos que Fernandão marcou – nove triunfos, três empates e duas derrotas. Teve participação direta em 62,5% dos 48 pontos do time. 0,44 gol por jogo foi a média de Fernandão na Série A de 2013. Foram 15 marcados em 34 partidas. Ninguém fez mais pelo Bahia em uma edição.
Kieza: 2014 – Em 2014, o Bahia fez apenas cinco pontos em jogos que Kieza marcou – um triunfo, dois empates e duas derrotas. Teve participação direta em 13% dos 37 pontos do time. 0,31 gol por jogo foi a média de Kieza na Série A de 2014. Foram apenas seis gols marcados em 19 partidas naquela edição.
Edigar Junio: 2017 – Em 2017, o Bahia fez 21 pontos em jogos que Edigar Junio marcou – seis triunfos e três empates. Teve participação direta em 42% dos 50 pontos da equipe. 0,46 gol por jogo foi a média de Edigar Junio na Série A de 2017. Foram 12 gols em 26 jogos. Tricolor não perdeu nenhuma partida em que ele marcou.
Gilberto: 2018 – Em 2018, o Bahia fez 15 pontos em jogos que Gilberto marcou – quatro triunfos e três empates. Ele teve participação direta em 51% dos pontos da equipe. 0,58 gol por jogo é a média de Gilberto na Série A de 2018. Foram sete gols marcados em 12 partidas até então. Tricolor não perdeu nenhuma.
Fonte: Correio24horas