A turnê “Celebration”, em que Madonna comemorou seus 40 anos de carreira e que se encerrou com um show no Brasil, segue rendendo polêmica. A cantora foi processada em uma ação coletiva, iniciada por fãs, nos Estados Unidos. Documentos obtidos pelo site americano “The Blast” mostram que Madonna e os profissionais responsáveis pela produção dos shows em solo americano estão sendo acusados de publicidade enganosa e exposição indesejada a conteúdo sexual, além de outras queixas.
Aliás, esta não é a primeira ação judicial que Madonna enfrenta. Em abril, três fãs da cantora a processaram devido ao atraso de duas horas no show que ela fez em Washington e que estava marcado para 20h30, mas só começou às 22h30.
O autor da nova ação judicial, Justen Lipeles ressalta que “todos os indíviduos do estado da Califórnia foram enganados e levados a comprar ingressos caros para as performances de Madonna”. Ele critica a rainha do pop, a produtora Live Nation e outras organizações envolvidas na turnê “Celebration” e as acusa por seis crimes — entre eles, violação de contrato escrito; negligência; imposição intencional de angústia emocional; e publicidade enganosa.
Lipeles considera que os réus — especificamente Madonna e a Live Nation — “propositadamente e de forma enganosa omitiram informar os compradores de ingressos”, nas palavras dele, sobre questões cruciais ao promover a turnê “Celebration”.
O fã destaca que chegou bem cedo ao Kia Forum, em Inglewood, no dia 7 de março deste ano, esperando que o show começasse às 20h30, conforme anunciado. A apresentação, porém, só foi iniciada após 22h — “e tudo piorou dentro do local, porque Madonna supostamente exigiu que o ar-condicionado fosse desligado”, como ele reclama. Na ocasião, Lipeles observou que ele e outros fãs estavam “suando profusamente”, ficando com falta de ar e exaustos devido ao calor.
De acordo com a ação judicial, o calor se tornou tão insuportável que os fãs passaram a expressar suas queixas aos funcionários da casa de show — e também gritando, em coro, “Liga o ar! Liga o ar!”. Madonna, no entanto, teria “dispensado friamente o desconforto do público” e sugerido que a plateia arrancasse as próprias roupas, como relata Lipeles.
Ele também observou que as preocupações de seus fãs não terminaram aí, já que o dinheiro que gastaram para ver Madonna se apresentar ao vivo foi desperdiçado com uma “aparente” dublagem — o famoso playback. A rigor, a artista utiliza bases pré-gravadas das canções para acompanhá-las na maior parte das faixas do show. Em seguida, eles foram “forçados a assistir mulheres seminuas no palco simulando atos sexuais”, como consta no documento, que considera que a cantora encenou “atos pornográficos” em sua performance.
“Obrigar os consumidores a esperar horas em arenas quentes e desconfortáveis e sujeitá-los à pornografia sem aviso prévio é demonstrativo do desrespeito leviano de Madonna por seus fãs”, argumenta Lipeles. Ele enfatiza que merece uma indenização devido ao fato de Madonna ter cometido violação de contrato escrito, já que o show não começou no horário acordado.
Pede também juros pré e pós-julgamento, custos do processo judicial e honorários advocatícios razoáveis. Além disso, quer uma medida cautelar ordenando que as “ações e práticas comerciais injustas” dos réus cessem, além de uma restituição no valor que ele e outros fãs pagaram pelos ingressos junto à confiscação dos lucros obtidos por Madonna nesse período. O caso ainda será julgado pela Justiça dos EUA.
Fonte Metro1