No Centro Municipal de Educação Infantil Antônio Carlos Machado, localizado no conjunto Feira VII, o ensino é também em tempo integral. Na unidade estão matriculadas 120 crianças, de dois e três anos, distribuídas em oito turmas no total. Nesta escola, assim como nas outras sete unidades que funcionam 100% com a Educação Integral há uma rotina de atividades diárias entre o aprendizado, recreação, o momento da alimentação e a hora do soninho.
E por falar em barriguinha cheia, a unidade passou a desenvolver o projeto Alimentação Saudável, no início do ano letivo, diante da dificuldade de algumas crianças aceitarem certos alimentos, principalmente verduras, frutas e legumes. São ofertadas três alimentações – às 9h, 11h e às 15h.
“Propomos vivências com receitas saudáveis, de acordo com a idade deles, em que os mesmos manipulam os ingredientes. Percebemos que isso melhorou muito, mas ainda existe um pouco de resistência, principalmente em ingerir batata-doce e o aipim, por exemplo”, afirma a diretora da unidade escolar, Mônica Santa Rosa.
Outra iniciativa interessante no CMEI Antônio Carlos Machado, em que as crianças são estimuladas a aprender brincando e desenvolver a prática do cuidado e a ter civilidade, é o projeto Bicho. A unidade montou um galinheiro na área externa em meio a um pequeno pomar com cajueiro, abacateiro, pés de jambo, pitanga e graviola.
“Aqui os professores desenvolvem atividades ao ar livre, em contato com a natureza. Esses pequenos animais são a diversão deles, eles amam”, comenta a diretora. Além de galinhas, há preás e patos.
COMIDA BOA E SAUDÁVEL
Mesmo nas unidades que não têm a proposta da Educação em Tempo Integral, as refeições dos estudantes são garantidas pela administração municipal. É o caso da Escola Municipal José Raimundo Pereira de Azevedo, a maior da rede municipal, localizada no conjunto Feira VII, onde estão matriculados 1.080 alunos [1° ao 5° ano Ensino Fundamental].
Para dar conta do preparo da alimentação, a cozinheira Adélia Daltro da Silva chega na escola às 6h30 e conta com a ajuda de mais 5 auxiliares, além da nutricionista que faz o acompanhamento do cardápio. A depender do prato que será servido no primeiro horário, ela antecipa o preparo no dia anterior. “Se for mugunzá, por exemplo, eu adianto o cozimento do milho para finalizar no outro dia acrescentando os demais ingredientes”, explica a irreverente e carismática cozinheira.
CUIDADOS QUANTO A ALÉRGIAS E INTOLERÂNCIAS
Adélia atua na escola há três anos e já conhece o perfil dos alunos e aqueles que apresentam alergia ou intolerância a algum alimento. Ainda assim, há uma relação afixada à parede do refeitório com os nomes. “Quando isso acontece, o alimento é substituído por outro”, afirma a gestora da escola, Adriana Bulos.
Segundo a gestora, a alimentação ofertada na escola é a única opção para alguns cuja família vive em situação de vulnerabilidade. “Há criança que repete o prato duas a três vezes, porque vem de casa sem se alimentar. Estudar de barriga vazia dificulta o desenvolvimento e o aprendizado”, observa Bulos.
Os alunos se dirigem ao refeitório em horários distintos, conforme a série [isso devido à grande quantidade deles]. O cheiro de comida boa e saudável é convidativo e de dar água na boca. Quem atesta é a estudante do 5º ano, Ana Paula Almeida (12). “A comida é uma delícia, muito gostosa mesmo. Minha escola é incrível e meus professores são ótimos”.
ESTRUTURA LOGÍSTICA
De acordo com a secretária municipal de Educação, Anaci Paim, os investimentos na alimentação dos estudantes são oriundos do PNAE e também do Tesouro Municipal, através de contratação de empresa terceirizada responsável desde a compra dos alimentos, o transporte até a escola e pelas merendeiras.
“A alimentação ofertada nas escolas é composta por proteínas, cereais, hortifruti e carboidratos – feijão, arroz e macarrão, entre outros itens. É um cardápio elaborado por nutricionistas, tanto da empresa quanto da Seduc, que também fazem o acompanhamento na própria escola”, pontua a gestora da Educação.
Fonte Secom/PMFS