Após conquistar medalha de prata na marcha atlética de 20 km para o Brasil — a primeira da história para o país — o brasiliense Caio Bonfim falou sobre o preconceito contra a modalidade.
“Um cara me perguntou: ‘Foi difícil essa prova?’’ Eu disse que não. Difícil foi o dia que eu fui marchar na rua pela primeira vez e fui xingado”, contou o atleta, em entrevista para a Cazé TV.
A marcha atlética faz parte do atletismo e se diferencia pela sua técnica. A marcha consiste em colocar a perna da frente estendida quando tocar o chão e a ponta do pé de trás só pode sair do chão quando o calcanhar do pé da frente tocar o solo.
Para quem observa, a técnica pode parecer um “rebolado”. Segundo o medalhista, o esporte sempre foi visto com olhos preconceituosos por causa disso.
Caio vive em Sobradinho, no Distrito Federal, com a esposa e os filhos e é treinado pelos pais. Os treinos acontecem nas ruas da cidade brasiliense e no estádio Augustinho Lima, onde o projeto Centro de Atletismo de Sobradinho, organizado pela família Bonfim, também é realizado.
Caio conta que a marcha atlética sempre foi comum para ele, por ter aprendido com os pais. “Todo mundo que vê a marcha atlética fala: o que é isso, cara? Que estranho. Eu não, porque é a profissão da minha mãe”, diz ele.
Fonte g1