O Frei Pedro Júnior Freitas da Silva, guardião e diretor da Igreja de São Francisco de Assis, revelou, na manhã desta quinta-feira (6), que a rachadura que acabou resultando no desabamento do teto do patrimônio foi notada por trabalhadores. De acordo com ele, foi encaminhado um pedido de vistoria somente para o Instituto do Patrimônico Histórico e Artístico Nacional (Iphan), marcada para esta quinta, e não para a Defesa Civil de Salvador, pois eles não tinham conhecimento da gravidade da situação.
“Somos leigos no assunto sobre estrutura, a gente não tinha capacidade de dizer que aquela fissura era motivo de desabamento e que a gente agora iria tirar as pessoas de dentro. Fizemos uma carta para o Iphan, e não para a Defesa Civil, porque a gente não mensura que aquilo ia acontecer. Sobre o teto, foi a primeira vez que fizemos uma carta direcionada, mas fizemos outros contatos sobre o convento. É um olhar leigo, de quem está a todo momento dentro da casa. Foram os próprios trabalhadores que notaram que a fissura estava aumentando”, disse.
O frei Rogério Lopes, que também cuida da igreja, reafirmou a notificação feita ao Iphan e demonstrou solidaridade com as vítimas, principalmente com a família de Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, que morreu na tragédia.
“É importante nos solidarizarmos com as vítimas, principalmente com a família da jovem que faleceu. O maior patrimônio que temos é a vida. Estamos à inteira disposição das autoridades para colaborar na investigação. Esse convento é um patrimônio cultural, mas também é nossa casa. Sofremos nesse momento, é um momento de luto”, disse.
Fonte BNews