O evento reuniu cerca de 18,3 mil pessoas, de acordo com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP)
Neste domingo, (16/03), uma manifestação liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu milhares de apoiadores na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento, que contou com a presença de cerca de 18,3 mil pessoas, segundo pesquisadores da USP, interditou um trecho da Avenida Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira. O principal tema do ato foi a defesa da anistia para os condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Quatro governadores subiram no carro de som, com destaque para os discursos de Cláudio Castro e Tarcísio de Freitas. Outras figuras políticas e religiosas também marcaram presença, como o pastor Silas Malafaia, o deputado Nikolas Ferreira, o senador Flávio Bolsonaro, Valdemar Costa Neto e o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), relator do projeto de lei da anistia.
Durante seu discurso, Bolsonaro defendeu a aprovação do projeto de anistia, afirmando já contar com o apoio do PSD e demonstrando otimismo quanto à aprovação no Congresso. Ele também comparou seu governo com o do presidente Lula, criticou o ministro Alexandre de Moraes e alegou ter sido prejudicado nas eleições de 2022. Bolsonaro pediu que seus apoiadores garantam “50% da Câmara e 50% do Senado” para políticos alinhados com sua ideologia nas próximas eleições, independentemente do partido.
O ex-presidente também fez declarações contundentes sobre sua situação pessoal, afirmando que será um problema “preso ou morto” e que não deixará o Brasil. Ele destacou que muitos dos condenados pelos atos de 8 de janeiro foram “atraídos para uma armadilha” e questionou as penas aplicadas, especialmente às mulheres envolvidas.
A manifestação reforça a estratégia de Bolsonaro de mobilizar sua base em torno de temas polêmicos e manter sua relevância no cenário político nacional.