Análise do Cedra aponta para disparidades no mercado de trabalho brasileiro entre 2012 e 2023
Um estudo recente do Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (Cedra) revelou que a renda média do trabalho principal de pessoas negras no Brasil, entre 2012 e 2023, correspondeu a apenas 58,3% da renda das pessoas brancas. A pesquisa, baseada em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, expõe a persistência da desigualdade racial no mercado de trabalho brasileiro.
Em números absolutos, a renda média do trabalho principal das pessoas negras passou de R$ 1.049,44 em 2012 para R$ 2.199,04 em 2023. Já a renda das pessoas brancas saltou de R$ 1.816,28 para R$ 3.729,69 no mesmo período. Apesar de uma leve melhora, a disparidade salarial ainda é alarmante.
O estudo também analisou a situação das mulheres negras no trabalho doméstico, revelando que sua renda média correspondeu a 86,1% da renda das mulheres brancas no mesmo período. A desigualdade, nesse caso, aumentou 4,8 pontos percentuais, mostrando que a situação das mulheres negras no setor se agravou.
A pesquisa do Cedra também investigou a presença de negros em cargos gerenciais e como empregadores. Os dados revelam que, apesar do aumento da participação de negros na população, a representatividade em cargos de liderança e como empregadores ainda é baixa, evidenciando as barreiras enfrentadas por essa parcela da população no mercado de trabalho.
Fonte: Redação Portal Rádio Repórter com informações da Agência Brasil