Ex-presidente reúne apoiadores na Avenida Paulista em defesa de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro tomaram a Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (6), em um ato convocado pelo próprio para pedir anistia aos condenados e investigados pelos ataques de 8 de janeiro em Brasília. O protesto, que reuniu cerca de 44,9 mil pessoas segundo estimativa do Cebrap, teve como foco a defesa de um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados com esse objetivo.
Em seu discurso, Bolsonaro negou qualquer tentativa de golpe e defendeu a cabeleireira Débora Rodrigues Santos, presa por participação nos atos antidemocráticos. Manifestantes exibiram batons em referência a ela, que chegou a pichar a estátua “A Justiça” em frente ao STF com o cosmético. O ex-presidente chegou a declarar que, se estivesse no Brasil no dia dos ataques, teria sido preso. Bolsonaro também mencionou a mudança de seu filho Eduardo Bolsonaro para os Estados Unidos, alegando perseguição política, e expressou esperança em uma “ajuda externa” para o cenário político brasileiro.
Além de Bolsonaro, o ato contou com a presença de diversos governadores, como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Junior (PR), Wilson Lima (AM), Ronaldo Caiado (GO) e Mauro Mendes (MT), além de parlamentares e outras lideranças políticas. Vale lembrar que Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral e é réu no STF por tentativa de golpe. Uma pesquisa recente da Quaest revelou que a maioria dos brasileiros (56%) é contrária à anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
Fonte: Redação Portal Rádio Repórter com informações da Agência Brasil e G1