Após pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a Polícia Federal instaurou, ontem (23), um inquérito para investigar a conduta do coronel da reserva do Exército Carlos Alves.
Em um vídeo publicado no YouTube, Alves xingou a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, além de atacar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ontem à tarde, a Suprema Corte pediu à PGR que as ofensas fossem investigadas.
No vídeo, publicado na semana passada, o coronel disse que, caso o TSE aceite a ação contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) por crime eleitoral, no contexto do suposto esquema de disparos de mensagens em massa contra o PT, haverá consequências. “Se aceitarem essa denúncia ridícula e derrubarem Bolsonaro por crime eleitoral, nós vamos derrubar vocês aí sim”, afirmou.
Alves ainda chama a presidente do TSE de “salafrária” e “corrupta”, além de fazer ameaças: “Não te atreve, não te atreve a ousar aceitar esta afronta contra o povo brasileiro, esta proposta indecente do PT de querer tirar Bolsonaro do pleito eleitoral acusando-o de desonestidade”.
Ontem, na abertura da sessão da Segunda Turma do STF, o ministro Celso de Mello prestou solidariedade a Rosa Weber e aos ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, que também foram citados, e declarou que eles foram alvo de ataques “imundos e sórdidos”.
O ministro Gilmar Mendes também se manifestou e pediu serenidade, além de rebater as críticas contra a credibilidade das urnas eletrônicas.
Os integrantes da Primeira Turma, da qual a ministra Rosa Weber faz parte, também prestaram solidariedade à colega. Alexandre de Moraes foi um deles. “Ataques feitos à honra de Vossa Excelência [Rosa], como presidente do Tribunal Eleitoral, não são ataques pessoais, são ataques à própria democracia, que Vossa Excelência tão bem vem conduzindo, atuação no TSE impecável”, declarou o ministro.
Confira o vídeo completo:
Fonte: Agência Brasil