A oscilação negativa das intenções de voto no candidato Jair Bolsonaro (PSL), verificada em pesquisa do instituto Ibope divulgada na noite da terça-feira, foi puxada, sobretudo, em um dos principais eleitorados cativos do capitão da reserva: os evangélicos. Segundo segmentação dos resultados, divulgada pelo site G1 nesta quarta, Bolsonaro caiu sete pontos no grupo, passando de 66% para 59%. O adversário, Fernando Haddad (PT), registrou leve crescimento, indo de 24% a 27%.
Outro movimento mais forte entre os evangélicos foi o que aparenta ser uma migração de ex-eleitores do candidato do PSL que, passando a rejeitá-lo, agora estão indecisos e tentem a votar branco ou anular. Brancos e nulos subiram de 7% para 10% no grupo, enquanto os que não sabem ou não responderam eram 2% e agora são 4%. A última oscilação aconteceu dentro da margem de erro, de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
A mesma pesquisa mostrou que, entre católicos e o agrupamento das “outras” respostas possíveis (demais credos e pessoas sem religião), ambos os candidatos se mantiveram estáveis. Os números dizem respeito aos votos totais, que incluem todas as respostas. No público geral, Bolsonaro passou de 51% para 50%, enquanto Haddad se manteve com 37% – nos votos válidos, o postulante do PSL foi de 59% para 57% e o do PT de 41% para 43%. Ou seja, a diferença entre os dois caiu de dezoito para catorze pontos.
A perda de votos de Bolsonaro também foi mais sentida entre os brancos (de 60% para 56%), pessoas de 45 a 54 anos (de 52% para 46%), com formação até o ensino médio (de 56% para 52%), com renda de dois a cinco salários mínimos (de 62% para 57%), no Norte e Centro-Oeste (de 59% para 55%) e no Sudeste (de 58% para 54%).
O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 208 municípios entre os dias 21 e 23 de outubro. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%. Contratada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo, a pesquisa foi registrada junto ao TSE sob a identificação BR‐07272/2018.
Fonte: Veja