Para muitos baianos, a experiência de votar no primeiro turno este ano foi desgastante. A junção de seções acabou fazendo com que eleitores esperassem mais de três horas para votar. Outros problemas como biometria, desorganização e desinformação também são elencados por eleitores. A pergunta que fica é se o segundo turno, que ocorrerá nesse domingo (28), terá os mesmos problemas do primeiro.
De acordo com o TRE-BA, 5.781.757 eleitores biometrizados compareceram ao 1º turno das eleições e o estado teve 700 mil pessoas precisando votar pelo método convencional, percentual de 12,78% de dificuldade na leitura dos dados biométricos dos eleitores no dia do pleito.
A nova orientação aos mesários é que, com quatro tentativas, o eleitor deve assinar o caderno de votação.
“No segundo turno nós já procuramos comprar material para limpar o leitor de digitais. Às vezes, o problema era sujeira no leitor. Quatro tentativas é o suficiente. Caso não tenha captado a biometria, o eleitor pode votar pelo método convencional, assinando o caderno de votação”, explicou o presidente do TRE-BA, José Rotondano, em entrevista à TV Bahia.
Ao contrário do que os eleitores afirmam, o presidente não atribui a demora aos problemas na biometria. “No primeiro turno, eram seis cargos e 19 números a serem digitados, muitos eleitores não levaram suas colas e isso atrasou. Agora são apenas dois candidatos, dois números, com certeza o tempo de votação será mais curto”, disse.
Na coletiva concedida à imprensa para avaliar o primeiro turno, Rotondano afirmou que chegou a sugerir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que diminuísse a sensibilidade da urna às digitais: “O TSE nos deu resposta negativa, justificando que a segurança do processo é muito mais importante do que a agilidade na votação”, lembrou.