Pelo menos 100 pessoas, entre professores e estudantes da FTC Feira de Santana, participarão neste sábado (10) do V Mutirão do Diabético, um evento multidisciplinar realizado pelo Hospital de Olhos – Clihon. O atendimento será das 7h às 12h e inclui exame oftalmológico para avaliação do fundo do olho, aferição da pressão arterial, teste de glicemia, avaliação odontológica, orientação nutricional e atividades nas áreas de fisioterapia e educação física.
Ao todo, cinco cursos terão atuação no mutirão, que conta ainda com as parcerias da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Saúde, e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS): Enfermagem, Nutrição, Biomedicina, Fisioterapia e Educação Física. Para a professora Hayana Leal Barbosa, coordenadora do Colegiado de Enfermagem, além de cumprir com o compromisso da responsabilidade social, o evento proporciona grande aprendizado para os estudantes.
O objetivo do mutirão, que tem a coordenação do médico Hermelino Oliveira Neto, não se limita a atender os portadores de diabetes – que já somam mais de 12 milhões no Brasil e 400 milhões no mundo – mas conscientizar a sociedade sobre os riscos, prevenção e tratamento da doença. O evento marca o Dia Mundial do Diabetes, instituído em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF). A previsão é que 640 milhões de pessoas sejam portadoras de diabetes no ano de 2040.
O diabetes caracteriza-se pela deficiência na produção de insulina pelo pâncreas, uma substância que permite o aproveitamento da glicose (açúcar) contida nos alimentos para que ela possa ser transportada para dentro das células, sendo transformada em energia. Se a glicose não é absorvida, fica presente na corrente sanguínea, o que, em níveis altos durante muito tempo, ocasiona as complicações como cegueira (retinopatia diabética), doenças cardíacas (coronariopatias), renais (hipertensão arterial e insuficiência renal) e amputação dos membros (neuropatias e trombose).
De acordo com as organizações da área de saúde, a detecção precoce é vital. As campanhas de detecção para a população ajudam a descobrir casos de diabetes e prevenir complicações, em lugar de encontrar a doença por meio das complicações já instaladas, levando um impacto muito maior, não sobre a qualidade de vida do indivíduo, mas também sobre a sociedade em geral, em termos sócioeconômicos.
Fonte: Madalena de Jesus