Reflexões sobre discriminação racial e intolerância religiosa marcaram as comemorações pelo Dia da Consciência Negra em Feira de Santana, na manhã desta terça-feira, 20. No Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Território X, do bairro Santo Antônio dos Prazeres, o sacerdote de matrizes africanas Aristides Maltez Lopes Júnior, também conhecido como Tata Ndembuka, abordou sobre a questão para um público que lotou o equipamento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedeso).
Mesmo com uma sociedade predominantemente negra, o sacerdote observa que o racismo ainda existe. “Na realidade da família brasileira, da sociedade feirense, o negro não tem vez”, ressaltou.
Ainda assim, Tata Ndembuka observa que muitas pessoas têm a consciência de suas origens da raça negra ou de alguém negro na família. Isto ficou comprovado através de relato da plateia, que se manifestou, dando diversos depoimentos relatando o motivo pelo qual determinada pessoa se identificava como negra, mesmo aqueles com a cútis mais clara.
Relatos davam conta de que a consciência de suas origens vinha de relatos que variavam desde ascendentes, como tataravós, negros, até por conhecerem as origens da formação do povo brasileiro, fruto da mistura de europeus, índios e sobretudo negros.
Antes da palestra, a coordenadora do CRAS Santo Antônio de Jesus, Ivanete Rios, também abordou sobre o tema e promoveu provocações para reflexões sobre a intolerância racial e religiosa. E o instrutor de música Hermerson Rodrigues fez apresentação de voz e violão.
Fonte: Secom Feira de Santana