Dar o sangue, na Bahia, significa se empenhar ao máximo por alguma causa ou coisa. Mas para muitos baianos, principalmente da ala masculina, dar o sangue também é algo literal: ceder para quem precisa de uma transfusão. E em matéria de disposição para esse ato de compaixão, são mesmo os varões que mais têm comparecido às unidades da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) para reabastecer os estoques de socorro.
Durante todo o ano passado, as 28 unidades hemoterápicas de coleta e processamento de sangue públicas do estado receberam 159 mil candidatos a doadores, sendo 55% homens (cerca de 87 mil) e 45% mulheres (pouco mais de 71 mil).
No Brasil, que comemora neste domingo (25) o Dia do Doador Voluntário de Sangue, a vantagem masculina é ainda maior, de acordo com o Ministério da Saúde. Das 3,3 milhões de pessoas que doaram e aproximadamente 2,8 milhões que realizaram transfusão sanguínea no país no ano passado, 60% eram do sexo masculino e 40% do lado feminino. A diferença poderia ser ainda maior, não fosse uma determinação de 2002, que proibiu os homens gays de doar