Estudante de nutrição, Marcelo Ferreira foi a 31ª pessoas que fez o teste rápido que detecta a presença no organismo do vírus HIV, que provoca a aids, na manhã deste sábado, 1º de dezembro, Dia Mundial da Luta Contra a Aids. Os testes foram realizados no Centro de Referência Municipal de Infecções Sexualmente Transmissíveis/DST/aids.
Poucos minutos depois o estudante recebeu o resultado: negativo. “Faço o teste a cada seis meses, uma rotina”, diz. O mesmo procedimento é realizado pelo companheiro dele. “A gente sempre fica cobrando o teste um para o outro, mesmo estando numa relação estável, porque a aids é uma doença como outra qualquer”.
Até outubro, a média de novos casos desta doença em Feira de Santana foi de um por dia – a mesma registrada no ano passado. Contraem mais o vírus, heterossexuais masculinos, com idade entre 20 e 39 anos e ensino médio completo. São pessoas que deixam de lado a prevenção durante a relação sexual – não usam camisinha.
Os testes são ações do Dezembro Vermelho, mês que será focado na conscientização contra a aids, com atendimento para a população chave e a prioritária, como homens que fazem sexo com homens, travestis, população de rua, profissionais de sexo, homossexuais, feirantes e caminhoneiros.
Os casos positivos, caso sejam verificados – até por volta das 10h não houve caso, explica a coordenadora do Centro de Referência IST/HIV/aids, a enfermeira Vanessa Sampaio, a pessoa seria orientada a voltar na segunda-feira para iniciar o tratamento. O Centro oferece, gratuitamente, uma equipe multiprofissional que passa a acompanhar a pessoa.
A enfermeira diz que a segunda coleta, para quem fez o teste neste sábado, deve ser feita dentro de três meses – os anticorpos anti HIV não se manifestam no período de 30 dias a partir da data da infecção, a chamada janela imunológica. “Quem é ativo sexualmente deve fazer o teste periodicamente”, orienta.
Ela diz ainda que quem se colocar em situação de risco deve fazer o exame. Em Feira existem 3.265 pessoas cadastradas no programa. Destas, 2.719 são acompanhadas. O restante transferiu seu domicílio, abandonou o tratamento ou morreu.
Fonte: Secom Feira de Santana