A crise no mercado de trabalho fez o Brasil perder mais de 2,3 milhões de postos de trabalho formal em dois anos. É o que aponta o levantamento divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, o país encerrou 2017 com 54,2 milhões de trabalhadores formais. Em 2015, eram 56,5 milhões de trabalhadores formais.
Já o trabalho informal aumentou em 1,2 milhão o seu contingente neste mesmo período. Em 2015, havia no Brasil 36,1 milhões de trabalhadores informais. Esse número chegou a 37,3 milhões em 2017.
O IBGE considera como trabalho formal aquele com carteira de trabalho assinada, inclusive do empregado doméstico, assim como o trabalhador por conta própria e o empregador que sejam contribuintes da previdência social.
Já o trabalho informal engloba os trabalhadores, incluindo os domésticos, que não possuem carteira assinada, bem como trabalhador por conta própria e empregador que não contribuem com a previdência, além do trabalhador familiar auxiliar.
2 em cada 5 trabalhadores são informais
Conforme o levantamento, em 2015, 61% dos trabalhadores ocupados no país estavam em postos formais. Em 2017, esse percentual caiu para 59,2%. Já o trabalho informal saltou de 39% para 40,8% no mesmo período, o que representa 2 em cada 5 trabalhadores do país.
Regionalmente, a informalidade estava mais presente nas Regiões Norte e Nordeste, onde os trabalhadores informais representavam, respectivamente, 59,5% e 56,2% da população ocupada. Sudeste e Sul tinham a menor proporção de informalidade, 33,8% e 29,1%, respectivamente. No Centro-Oeste, os informais representavam 39,1% dos trabalhadores informais.
A pesquisa mostrou, também, que a população preta e parda representava 46,9% dos trabalhadores informais, enquanto a branca, 33,7%. Já na análise por sexo, o IBGE destacou que “a proporção de homens e mulheres em trabalhos formais e informais é semelhante”, embora varie de acordo com a categoria de ocupação.
Segundo o IBGE, entre os trabalhadores informais os homens são maioria quando considerados somente os empregados sem carteira assinada e os trabalhadores por conta própria. Já as mulheres são maioria entre os trabalhadores familiares auxiliares “e compõem quase que integralmente o trabalho doméstico sem carteira”.
Fonte: G1