A delação premiada do lobista Jorge Luz foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. De acordo com o relato, Jorge Luz teria repassado ao menos R$11,5 milhões para o grupo político composto por Renan Calheiros, Jader Barbalho, Silas Rondeau e o deputado federal do Ceará, Aníbal Gomes.
A delação feita à Procuradoria-Geral da República, PGR, e homologada no final de novembro após negociação de mais um ano, pode ser o maior obstáculo para que o senador se eleja presidente do Senado Federal na próxima legislatura.
O acordo de delação foi feito com Jorge Luz e o filho Bruno, ambos lobistas da Petrobras e que mantinham relação de negócios com políticos do MDB. Foi a primeira delação realizada pela Lava-Jato de Curitiba com a permissão de Raquel Dodge, procuradora-geral.
A expectativa dos investigadores da Lava-Jato é que, com essa delação, outras que estão travadas na atual gestão da PGR sejam encaminhadas.
Jorge Luz cumpre prisão domiciliar por conta de problemas de saúde, desde fevereiro. Já o filho, Bruno Luz, está preso em Curitiba e, após o acordo de delação, saiu temporariamente para passar o Natal em casa, de acordo com a Polícia Federal.
Reportagem, Sara Rodrigues