Vestidos de verde e amarelo, com camisetas com o nome ou o rosto de Bolsonaro – ou até com ele empunhando uma metralhadora -, apoiadores do presidente eleito têm ocupado o gramado da Esplanada dos Ministérios para acompanhar a posse. O movimento se intensificou a partir das 12h30, mas o local ainda não está lotado.
Antes de chegar à Esplanada, apoiadores aproveitam para tirar fotos diante de dois bonecos infláveis de Bolsonaro no gramado na antena de TV. As peças foram montadas por um grupo chamado Movimento Ordem e Progresso, do Distrito Federal.
O clima geral é de festa e otimismo, com gritos de “o capitão chegou”, mas muitos expressam preocupação com a segurança do presidente eleito.
O eletricista Wasllisson Jesus do Sacramento, 24, diz esperar grande mudanças no país na área da segurança. Mas sobre a própria festa de posse o clima pra ele é de apreensão.
“Estou com muito medo. A gente lutou muito pra ter um cara diferente, pra ter melhoria, e dá medo de acontecer alguma tragédia. A gente lembra dos estados. Pedi muito a Deus que não aconteça nada”, diz ele, que nasceu na Bahia, mas mora em Águas Lindas (GO) há quatro anos.
“Vou ficar até o final só pra ter certeza de que não vai acontecer nada”, completa ele, lembrando que Bolsonaro foi esfaqueado durante a campanha e que até nos Estados Unidos já houve atentando contra um político eleito.
Há caravanas organizadas e identificadas com camisetas de vários estados, como Espírito Santo, Ceará, São Paulo, Minas Gerais, Alagoas. No público há idosos, casais e famílias inteiras.
O aposentado Irineu Assis, 64, veio a Brasília sozinho de Fernandópolis (SP). Deixou a mulher, pegou dois aviões e passou a virada de ano na cidade. “Vim só pra ver o Bolsonaro. Tomara que não tenha nada dessas coisas de terrorismo”.
Há policiais espalhados por vários locais da Esplanada. O bloqueio para acesso à Praça dos Três Poderes está montado diante da Catedral. Ao contrário do que foi anunciado, mochilas têm sido liberadas, mas policiais fazem a revista.
O tempo nublado que dominou a manhã em Brasília já foi substituído por um sol forte, que promete testar a resistência dos militantes.