O ex-assessor de Flavio Bolsonaro (PLS), Fabrício Queiroz, divulgou novo vídeo comentando imagens em que aparece dançando com a mulher e a filha no hospital. Deitado na cama, ele afirma que quis dar “cinco segundos de alegria a uma tristeza que se tomava dentro da enfermaria”.
Ele disse também estar revoltado com a circulação do vídeo e que estava apenas comemorando a virada do ano com a sua família. “Estão dizendo que nesse vídeo eu estava comemorando o não comparecimento meu ao Ministério Público. Isso é muita maldade”, afirmou.
Queiroz afirmou que está se recuperando de uma operação para a retirada de um câncer (feita, segundo ele, no dia 1º de janeiro) e que está no aguardo para passar por um tratamento médico. “Tão logo acabe tudo isso, eu estarei pronto para esclarecer qualquer dúvida ao Ministério Público”. Ao Estado, Queiroz disse que o tratamento poderia levar de três a seis meses.
Antes, a defesa do ex-assessor divulgou uma nota oficial afirmando que o vídeo em que o motorista aparece dançando com a família no hospital foi feito “no raro momento de descontração na visita deles no Albert Einstein”, “pois ele passaria por uma grave cirurgia nas horas seguintes, inclusive com risco de morte”.
O advogado de Queiroz, Paulo Klein, afirmou que é importante registrar que o referido vídeo teria sido feito no dia 31 de dezembro à meia noite. “Foi feito dentro do contexto humanamente compreensível, pois trata-se de uma data comemorada universalmente”, disse.
As imagens viralizaram neste sábado, 12. O ‘Estado’ confirmou a autenticidade do vídeo com pessoas próximas a Queiroz. Na gravação, o ex-assessor – que, segundo o Coaf, fez movimentações bancárias atípicas – aparece dançando, em meio a gargalhadas, quando a filha diz: “Agora é vídeo, pai! Pega teu amigo, pega teu amigo!”. Ele rodopia em seguida, fazendo um sinal de positivo com as mãos.
Pessoas próximas a Queiroz avaliaram o vídeo de formas distintas Para alguns, foi um desastre. E outras afirmaram que o vídeo foi “uma brincadeira de alguns segundos”, “uma descontração entre a família na virada”. Ele faltou duas vezes a depoimentos marcados no Ministério Público alegando motivos de saúde. Antes de Paulo Klein assumir a sua defesa no caso, Queiroz havia faltado a outros dos depoimentos também, alegando que não havia tido acesso aos autos da investigação.