O delegado Giniton Lages, responsável pela investigação da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, será afastado do caso pela Polícia Civil.
O chefe da Polícia Civil, delegado Marcus Vinícius Braga, indicará na semana que vem o encarregado da segunda etapa da investigação, centrada em descobrir quem mandou matar a vereadora e o motorista. Oficialmente, o motivo dado será que ele cumpriu sua missão.
Prisões e mandados
Na primeira fase da Operação Lume, deflagrada na manhã de terça-feira (12) e que prendeu o PM Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio de Queiroz pelo homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes aponta que, a princípio, apenas os dois estavam no carro. De acordo com o delegado Giniton Lages, a investigação não pôde utilizar de identificação dos criminosos por testemunhos ou câmeras, pois “eles não erraram”. Uma assessora da vereadora quase entrou por engano no carro dos criminosos, chegando a tocar na maçaneta ao confundir o veículo.
— Ela chega a tocar na maçaneta da porta, percebe que o carro está ligado. Mas rapidamente ela vê o carro que é o carro dela. Ela vê a placa e desiste de puxar a maçaneta (do carro dos assassinos). Talvez nós tivéssemos um outro desenho (do crime). São coisas, detalhes da investigação que a gente acaba coletando — concluiu o delegado Giniton Lages.
No momento, além das prisões há 34 mandados de busca e apreensão em andamento e a segunda fase já está em curso.