O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (5) que não haverá horário de verão este ano no Brasil. O presidente ainda pediu que seja feito um estudo para que a mudança nos relógios do país seja eliminada do calendário brasileiro.
A decisão divide economistas, já que as estimativas é de que o ganho com o horário não é tão grande, mas alguns acreditam que o governo pode voltar atrás, já que qualquer economia é válida no país.
O professor Joelson Sampaio, coordenador do curso de economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas), avalia que a medida tem fundamento, mas que não deve perdurar por muito tempo.
“Em 2018, a economia foi na casa de R$ 100 milhões, parece pouco, mas pode ser que o governo volte atrás e reconheça que este pouco seja muito importante”, diz Sampaio.
Já Ildo Sauer, vice-diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, analisa que a economia de energia era relevante, mas que isso já não é mais o caso. “Se tornava menor o consumo de energia no verão justamente quando historicamente era maior. Isso não acontece mais, porque o horário de ponta, especialmente no Sudeste, migrou para 14h e 15h, principalmente por causa do ingresso do ar-condicionado”.
“Não me parece uma decisão esdrúxula, mas razoável. As pessoas não precisarem mais passar pelo transtorno da transição para o horário de verão e vice-versa, pois o benefício já não é o mesmo de antigamente”, avalia Sauer.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a decisão de não decretar horário de verão em 2019, leva em conta não apenas questões econômicas, mas outros fatores como picos de energia e sobrecargas, que devem ser alvo dos estudos solicitados pelo presidente da República, para decidir se decreta o fim permanente do horário.
Fonte: R7