Jair Bolsonaro convocou uma reunião de emergência nesta terça-feira (30) para discutir a situação da Venezuela depois do líder oposicionista Juan Guaidó afirmar ter apoio de militares contra Nicolás Maduro e chamar população às ruas.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse que o encontro foi marcado para 12h30 desta terça com a participação dele, do presidente e dos ministros Augusto Heleno (GSI), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fernando Azevedo (Defesa).
Guaidó, anunciou nesta terça-feira, 30, que conta com o apoio de um grupo de militares para “restaurar a democracia” e “acabar com a usurpação de poder” – como os opositores se referem ao governo de Nicolás Maduro. O anúncio foi feito em um vídeo gravado de uma base aérea de Caracas e publicado nas redes sociais.
Guaidó também convocou outros militares a se juntarem a seu movimento e pediu que a população saia às ruas, “de forma pacífica” para apoiar sua reivindicação. “Hoje, valentes soldados, valentes patriotas, valentes homens apegados à Constituição vieram ao nosso chamado. Nós também viemos ao chamado, definitivamente nos encontraremos nas ruas da Venezuela”, disse o líder opositor.
Além disso, o político opositor Leopoldo López, que aparece ao lado de Guaidó nas imagens publicadas nas redes sociais, afirmou que foi libertado por militares e também pediu que os venezuelanos tomem as ruas pacificamente contra o governo socialista.
Por telefone, o pai de López afirmou à Associated Press que espera uma resposta militar e popular depois do chamado feito pelos opositores.
“Veremos um chamado para acabar com a usurpação (da presidência) e, bem, eu espero que o governo usurpador acabe hoje”, disse.
Leopoldo López, condenado a 14 anos de prisão pelos protestos antigovernamentais de 2014, estava em prisão domiciliar. Nas redes sociais, ele afirmou que foi libertado pelos militares que apoiam Guaidó. (Com agências internacionais).