A tentação pode vir como uma proposta de ligação com o minuto mais barato. Ou, ainda, na forma de um smartphone novinho em folha e habilitado com a internet na ‘velocidade da luz’. Seja qual for o motivo, fato é que, no primeiro trimestre deste ano, cerca de 500 baianos fizeram a portabilidade entre operadoras de telefonia – fixa ou móvel – por dia. A troca de operadora, sem mudar de número, foi solicitado 44.640 vezes de janeiro a março de 2019 na Bahia.
Os dados são da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom), que administra a chamada portabilidade numérica no Brasil. Quem mais troca de operadora são os usuários de telefones celulares: foram 35,98 mil processos no primeiro trimestre – 81% do total – DDDs 71, 73, 74, 75 e 77.
O dado representa uma leve alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior, de outubro a dezembro de 2018. Nesse período, foram 33.525 trocas em telefonia móvel.
Já entre as linhas fixas, houve uma leve queda. No primeiro trimestre deste ano, foram 8.650 portabilidades – 637 a menos que as 9.287 do último trimestre de 2018. Em todo o Brasil, 2,02 milhões de trocas de operadoras foram concluídas nos três primeiros meses de 2019. Dessas, 339,14 mil migrações foram feitas por usuários de terminais fixos e 1,68 milhão por titulares de linhas móveis.
Apego ao número
A portabilidade foi implantada no país há 11 anos e, de lá para cá, a Bahia fez mais de 1,45 milhão de trocas de operadoras, sendo 523.850 delas em telefones fixos e 931.570 em linhas móveis.
Embora a transição de números seja feita de forma gratuita por todas as empresas, outro ponto que contribui para que as pessoas optem pela portabilidade – e não somente pela mudança de operadora – é o apego àquele número antigo, que familiares e amigos sabem de cor.