Anarriê, alavantú, olha a chuva! Nesta quarta-feira (19), a Quadrilha Beco do Barão, do município de Barra da Estiva, na Chapada Diamantina, abriu a 12ª edição do Campeonato Estadual de Quadrilhas Juninas. Até o próximo sábado (22), a Praça da Revolução, em Periperi, reúne grupos competidores de toda a Bahia. O evento tem patrocínio do Governo do Estado, por meio da Superintendência de Fomento ao Turismo (Bahiatursa).
“É um prazer participar do Campeonato Estadual de Quadrilhas Juninas. Quadrilha é arte, é vida, e não podemos deixar essa cultura morrer. O grupo é composto por 52 dançarinos. O mais novo tem 14 anos. Eu, que tenho 27, sou a mais velha”, afirmou a coordenadora da Quadrilha Beco do Barão, Jéssica Ledo.
Segundo o presidente da Federação Baiana de Quadrilhas Juninas, Carlos Brito, o grupo de acesso possui 36 quadrilhas de toda a Bahia, que também se apresentam na sexta (21) e no sábado (22). “Já a final do grupo especial será nesta quinta-feira [20], com sete grupos disputando o título de campeão da Bahia. O vencedor vai representar o estado no Festival Regional, na cidade de Goiana, em Pernambuco, no dia 23, e no Campeonato Nacional de Quadrilhas Juninas, em Brasília”.
Brito destacou ainda a importância da participação do poder público na realização do evento. “Esse é um dos maiores campeonatos de quadrilhas juninas do país, graças ao Governo da Bahia, que vem investindo nesse evento nos últimos 12 anos. A estrutura é montada para receber bem o público, que não paga nada para assistir”.
A professora, dançarina e pesquisadora de danças populares Soiane Gomes faz parte do júri. Para ela, por organizar os jovens, fazer a mobilização social, preparar figurino, cenário, viajar e se apresentar, todas as quadrilhas já são vencedoras. “Os critérios são coreografia, figurino, animação e alinhamento. Isso para as quadrilhas estarem dentro daquilo que a gente acha que é correto”, explicou.
Na plateia, Michele Teles foi assistir ao concurso, nesta quarta-feira (19), com quatro pessoas da família. “A gente não perde nem um ano. Já virou uma tradição de São João reunir toda a família e vir. É cultura, é lindo. Vale a pena”, disse.
Baiana de acarajé na Praça da Revolução, Rosana Márcia Santos comentou que “esse campeonato é muito importante para a cultura do Subúrbio. Valoriza nossas quadrilhas e também melhora muito a renda de quem trabalha como vendedor na região. Sem falar na diversão, pois traz o povo para curtir uma atração diferente aqui na praça”.
Repórter: Raul Rodrigues