Às vésperas de completar 57 anos de emancipação, no próximo dia 28 de Julho, o município de Coronel João Sá, atingido pelas águas do Rio do Peixe, após o rompimento da barragem do Quati, na cidade vizinha de Pedro Alexandre, teve a maior tragédia da história, segundo informou a prefeitura.
Desde que se separou do município vizinho de Jeremoabo, no ano de 1962 – e mesmo antes de se emancipar – não houve nada igual na região, conforme a administração da cidade, que, assim como Pedro Alexandre, tem população de cerca de 17 mil pessoas, segundo o IBGE, e cuja economia é movida pelo comércio, corte de pedras para produção de paralelepípedos, além da agricultura e pecuária.
A tragédia afetou cerca de 500 famílias e deixou cerca de 150 delas desalojadas na sede da cidade e em alguns dos mais de 100 povoados da zona rural, segundo balanço divulgado neste sábado pela prefeitura. Os desalojados foram para casa de parentes ou estão em abrigos improvisados em escolas, ginásios e outros espaços.
Nas duas cidades, Pedro Alexandre e Coronel João Sá, segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, até sábado (13), 400 pessoas estavam desabrigadas e 1.500 desalojadas.
Na zona urbana de Coronel João Sá, onde vive 60% da população, cerca de 10 ruas da parte baixa, as mais próximas do rio, ficaram embaixo d’água. Nas casas mais atingidas, a água chegou a cerca de 1,5 m de altura. Não houve mortes.
Ele decretou estado de emergência na cidade, ainda na quinta-feira, quando o nível do rio subiu, e disse que já houve homologação por parte do governo federal. O decreto do estado de emergência é para que o município possa receber recursos federais e estaduais para que possa arcar com os prejuízos.