Em todas as entrevistas coletivas desta semana no Bahia, o assunto ‘mudança de postura fora de casa’ veio à tona. O lateral-esquerdo Léo, o atacante Edigar Junio e o técnico Guto Ferreira foram unânimes em prometer um comportamento mais firme por parte da equipe que enfrenta o Palmeiras, neste sábado, 19, no Allianz Parque, às 21h. A hora, então, é a de cumprir a palavra.
Antes do último treinamento da semana, nesta sexta-feira, 18, Guto não chegou a falar sobre os últimos jogos fora de casa na Série A – derrotas para Internacional e Sport –, mas deu um recado àqueles que dão como certa a vitória do alviverde. E a palavra-chave para jogar de igual para igual é “disposição” – justamente algo que o torcedor tem cobrado nas partidas longe da capital baiana.
“Temos que buscar, dentro das nossas limitações e das nossas virtudes, chegar o mais perto possível do equilíbrio com eles. E o futebol é um dos poucos esportes que permite que aqueles teoricamente mais fracos rivalizem e equilibrem com os mais fortes. O Bahia pode sim, rivalizar de igual para igual com o Palmeiras“, falou o comandante tricolor.
No aeroporto, prestes a viajar, o atacante Élber foi pelo mesmo caminho. Segundo ele, a melhor maneira de enfrentar o Palmeiras é entrar em campo como se estivesse na Arena Fonte Nova, com volume de jogo e disposição. “Ali dentro, são 11 contra 11. Não importa investimento. Se nossa equipe jogar compacta, como está jogando dentro de casa, a gente tem tudo para fazer um bom resultado”, falou.
O Esquadrão tem o retorno do zagueiro Tiago, capitão do time, para enfrentar o quinto colocado no Brasileirão. Mas o fato de ele estar à disposição não quer dizer que ele será titular. Guto deu a entender que o defensor não estará entre os 11 que começam o jogo. “Passa pelo tempo parado, voltando contra quem volta… Acho que a gente tem algumas preocupações. Tenho a decisão tomada, mas não vou revelar. É importante que a coisa seja progressiva”, disse.
Como um retorno de Tiago ao time titular seria tudo, menos algo que acontece de maneira progressiva – já que ele nem vinha sendo relacionado – o mais provável é que ele fique no banco e o jovem Éverson permaneça na equipe.
Por exigência contratual do Palmeiras, detentor dos direitos federativos de João Pedro e Allione, os dois atletas não viajaram. O volante Elton, que sofreu um corte no pé, além do trauma na cabeça contra o São Paulo, também não viajou. Edson deve ser o seu substituto.
Tabu a favor
No Allianz Parque, o Bahia vai defender quase 17 anos sem perder para o Palmeiras em São Paulo. O último revés por lá foi em 2001: 2 a 1, com gols de Lopes e Muñoz, pelo alviverde, e de Preto Casagrande, pelo tricolor. Para se ter uma ideia de há quanto tempo isso aconteceu, Daniel Alves jogou aquela partida – e foi expulso, até.
De lá para cá, foram mais cinco jogos: vitória por 2 a 1 em 2002, 1 a 1 em 2011, 2 a 0 em 2012, 1 a 1 em 2014 e 2 a 2 em 2018, com dois gols de Edigar Junio, na início da retomada do Bahia no campeonato.