A partir da bromelina, uma substância antiinflamatória encontrada no abacaxi, pesquisadores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) produziram uma espécie de película que em contato com os ferimentos, ajudam a cicatrizá-los mais rapidamente. A professora e pesquisadora Sandra de Assis, explica que a idéia surgiu quando percebeu, através de reportagens de televisão, que existia uma falta de materiais cicatrizantes. “Os curativos são eficazes porque utilizam nanotecnologia, que aumentam a estabilidade da liberação da substância antiinflamatória.”
O curativo foi testado em animais, e agora os pesquisadores tentam patentear o produto e buscar melhorias que possibilitem que a película seja testada em seres humanos. O projeto desenvolvido em conjunto com o grupo de pesquisa do Laboratório de Enzimologia e Tecnologia das Fermentações da Uefs, teve o apoio da Embrapa Mandioca e Fruticultura de Cruz das Almas que disponibilizou um tipo de abacaxi que ainda não foi estudado, fruto de um cruzamento de duas espécies já existentes.
O desenvolvimento do curativo envolve alunos de iniciação científica do curso de Fármacia e do programa de Pós Graduação em Biotecnologia, em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Fonte: Assessoria de Comunicação UEFS