Uma praga tem provocado ressecamento e a morte de árvores da espécie mangueiras nas cidades de Salvador e Feira de Santana, a 100 quilômetros da capital. A engenheira agrônoma da Agência de Defesa de Agropecuária da Bahia (ADAB), Sueli Silva, explicou a situação.
“É uma doença chamada seca das mangueiras, que envolve dois fungos e um inseto, que a gente chama de inseto vetor. A ação do inseto danifica os ramos e a casca do tronco, abre-se orifícios e por aí penetram os fungos, que são responsáveis pelo ressecamento”, contou Sueli.
Segundo a engenheira, a doença pode ser adquirida de duas formas, pela via aérea e pelas raízes.
“Existem dois aspectos interessantes nessa doença, ela pode ser uma infecção via aérea, por causa dos ferimentos dos ramos mais jovens. Então, a gente chama de seca decente das mangueiras. E também pode acontecer sem a presença do inseto vetor, através da infecção pelas raízes. Quando é por essa modalidade, a árvore seca rapidamente, como se tivesse ocorrido uma queima, um relâmpago que passa e queima ela de cima abaixo”, explicou Sueli.
Para salvar as mangueiras, a engenheira orienta achar o local onde está a resina e raspar o pedaço do tronco. É preciso certificar-se que há insetos e assim passar uma pasta chamada cúprica, feita com cal, água e sulfato de cobre, para agir na cicatrização e evitar os fungos.