De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, publicado no fim do ano passado, o Brasil tinha registrado 43.941 novos casos de HIV e 37.161 casos de Aids. Viver com HIV não é a mesma coisa que viver com Aids. HIV é o vírus que pode ser contraído durante uma relação sexual sem proteção. A Aids, por sua vez, é causada pelo vírus HIV, que ataca as células responsáveis pela defesa do organismo.
Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e desenvolver a doença. Isso explica a diferença no número de registros de infecção por HIV em relação às notificações de Aids.
Desde 2013, o Brasil universalizou o tratamento de HIV para todos os portadores do vírus. A partir daí, houve uma diminuição nos casos de desenvolvimento da doença em pessoas infectadas. Entre 2012 e 2018, os casos de AIDS apresentaram uma queda de 16,8%.
Dos casos de infecção pelo HIV registrados em 2018, ano do último levantamento, a região Sudeste do país aparece em primeiro lugar, com 37,7% das notificações. Em último, está o Centro-Oeste, com apenas 8,2% dos casos. Nordeste, Sul e Norte representam 24%, 17% e 11% dos registros do ano, respectivamente. Em relação às faixas etárias, a maior parte dos casos de HIV se concentra nas pessoas com idade de 20 a 34 anos, que representam 52,7% dos registros.
O Brasil oferece tratamento de HIV gratuito por meio de toda a rede do Sistema Único de Saúde, o SUS. Marcos Verde tem 23 anos e foi diagnosticado com HIV em 2015. Ele fala sobre a importância do tratamento para sua vida.
“Em algumas pessoas, pode durar anos até que surta um efeito – negativo, claro – e em outras pessoas vem bem rápido. No meu caso, foi bem rápido. Eu sei o tempo de intervalo que demorou para eu começar a sentir algum sintoma. Se eu não tivesse tido a oportunidade de fazer esse exame e correr atrás dessa assistência, acho que eu estaria bem mal ou não estaria mais aqui.”
A transmissão do HIV acontece por meio do sexo vaginal, oral ou anal desprotegido; compartilhamento de seringas com pessoas contaminadas; contato com sangue infectado e também da mãe para o filho durante a gravidez, parto ou amamentação. É importante saber que o vírus não é transmitido pelo ar; pelo contato com suor ou lágrima; por meio de picadas de inseto, aperto de mão, abraço, beijo no rosto ou na boca; compartilhamento de sabonete, toalha, lençóis, talheres e copos; por usar o mesmo assento de ônibus, piscina ou banheiro; na doação de sangue; na masturbação a dois; ou mesmo durante o sexo, desde que com o uso de preservativo.
A camisinha é o único método que previne o contágio por todas as ISTs. Use camisinha e proteja-se do HIV e de outras infecções, como Sífilis e Hepatites. Sem camisinha, você assume esse risco. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.
Fonte: Agência do Rádio