Cerca de 100 crianças foram hospitalizadas depois de passarem mal em São Sebastião do Passé, na região metropolitana de Salvador. A informação foi confirmada pela prefeitura da cidade, na manhã desta sexta-feira (14). A suspeita é de que haja uma contaminação da água do colégio onde as crianças estudam.
Por causa da situação, amostras da água foram colhidas nesta quinta e encaminhadas para Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), na capital baiana, para ser periciada. Não há previsão de quando o resultado será divulgado. Equipes da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) estão na cidade acompanhando o caso.
Conforme a prefeitura, cerca de 95 crianças são estudantes do Colégio Doutor João Paim e têm entre 11 e 13 anos. As primeiras crianças começaram a passar mal na tarde de quarta-feira (12). Apesar disso, a maior concentração ocorreu na quinta-feira (13). Os sintomas apresentados, de modo geral, foram: enjoo, diarreia, vômitos, febre e corpo mole.
Após os sintomas, as crianças foram atendidas e medicadas no Hospital Municipal Albino Leitão. Na manhã desta sexta, no entanto, outras cinco crianças, de colégios particulares, apresentaram os mesmos sintomas. Elas também foram encaminhadas para a unidade hospitalar.
Até por volta das 12h, oito crianças precisaram ser transferidas para o Hospital do Subúrbio e HapVida, em Salvador, e também para o Hospital da Criança, em Feira de Santana, a cerca de 100 Km da capital baiana.
Ainda de acordo com a prefeitura, é quase que descartada a hipótese de que os sintomas foram provocados pela merenda, já que nem todas os estudantes consumiram o lance da escola.
“Nem todas as crianças consumiram o lanche. Na quarta, foi achocolatado com biscoito. Já na quinta, as crianças tomaram suco de manga com biscoito. O que foi comum a todas as crianças que deram entrada no hospital, até o presente momento, foi a água. Então a água é uma suspeita. O tanque foi lavado no início do ano, como o de todas as escolas. Os colégios estão sendo preparados para as aulas”, disse Francisco Pinto, assessor da cidade.
Um gabinete de crise envolvendo membros da prefeitura, a Polícia Civil e a Sesab, foi formado por causa da situação.