O valor da cesta básica passou a custar R$ 361,62 no mês de março de 2020, em Feira de Santana. Segundo a equipe de professores e alunos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que trabalha no Projeto “Conhecendo a Economia Feirense: o custo da cesta básica de Feira de Santana”, esse valor representou um aumento de 1,16% em comparação ao levantado no mês anterior (fevereiro/2020), e de 11,27% quando confrontado com o valor de três meses atrás (dezembro/2019)
Dentre os alimentos pesquisados, a banana-prata foi o produto que apresentou a maior elevação (14,34%), dando continuidade a uma tendência de alta já observado no último mês. Além da banana-prata, produtos como a carne (3,08%), o café moído (2,29%), o pão (1,47%) e o arroz (0,69%) contribuíram também para o aumento do custo total.
Já os produtos como a manteiga, o feijão, o tomate, a farinha e o leite apresentaram redução nos seus preços médios, correspondentes a 6,06%, 4,46%, 2,39%, 1,93 % e 1,59%, respectivamente. Além destes, o açúcar e o óleo apresentaram queda no preço médio inferior a 1%.
O custo do almoço do cidadão feirense, composto pelos produtos básicos arroz, feijão e carne, respondeu por 34,20% do valor da cesta básica de fevereiro. Já os quatros alimentos usualmente consumidos no café da manhã, pão, manteiga, café e leite, representaram 28,85% da mesma cesta. Observa-se que a participação dessas duas refeições (almoço e café da manhã) vem caindo nos últimos meses: representavam, juntas, 68,98% do valor da cesta em janeiro; 63,58%, em fevereiro; e, agora, 63,05%, em março. Essa queda deve-se, em grande medida, à redução no preço médio do feijão e manteiga, respectivamente de 8,54% e 7,18%, entre janeiro e março.
O custo da cesta básica em Feira de Santana no mês de março representou um comprometimento de 37,41% do salário mínimo líquido de R$ 966,63 (valor obtido após os descontos previdenciários que incidem sobre o valor bruto). Esse percentual foi um pouco maior do que o apresentado no mês anterior, quando ficou em 37,18%. Para a aquisição da cesta em março, o trabalhador precisou despender 82 horas e 18 minutos do seu tempo de trabalho.
No mês de março, tendo em vista a pandemia do coronavírus e, consequentemente, as medidas para o enfrentamento da mesma, a coleta foi realizada até o dia 18. Assim, houve uma redução no número estabelecimentos da coleta, o que não comprometeu, entretanto, a representatividade da amostra. Entendendo que o acesso à informação é fundamental, a equipe do Projeto Cesta Básica vai envidar todos esforços e realizar ajustes metodológicos necessários com o intuito de manter a pesquisa e a divulgação do boletim mensal.
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Fonte: Assessoria de Comunicação UEFS