O presidente Jair Bolsonaro disse, durante pronunciamento hoje (24), que pedia informações sobre a Polícia Federal e “quase implorava” para a corporação investigar a facada que tomou durante campanha em 2018. O capitão da reserva comparou o trabalho investigativo da Polícia Federal com seu caso e o caso de Marielle Franco.
“Será que é interferir na PF pedir, quase implorar, que apurem quem mandou matar Bolsonaro? Se dedicaram muito mais a investigar quem matou Marielle do que quem mandou me matar. No meu caso está mais fácil. Prenderam o autor em flagrante”, disse.
Bolsonaro que “uma coisa é admirar uma pessoa e outra é conviver, trabalhar com ela”, ao falar sobre Sergio Moro, que pediu demissão hoje do Ministério da Justiça. A saída de Moro do governo ocorre após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem partido).
“Hoje disse a parlamentares no café da manhã: hoje conhecerão a pessoa que tem compromisso consigo, com seu ego e não com Brasil. Hoje essa pessoa vai buscar meio de colocar uma cunha entre eu e o povo. Isso aconteceu há poucas horas”, antes de contar como conheceu o ex-juiz federal.
Bolsonaro disse que em reunião com Moro deixou claro que teria poder de veto sobre indicados por ele ao Ministério. O presidente afirmou que que estranhou fato de Moro indicar para quase todos os principais cargos pessoas de Curitiba, mas que confiou no então ministro e disse que aceitou mais de 90%, incluindo Valeixo.
Bolsonaro contou que, “como não negociou cargos, nem para estatais, houve pressão”, e que custou caro: “Poderosos se levantaram contra mim. Estou lutando contra o sistema. Contra o establishment”, disse. Ele disse que muitos parlamentares no Congresso comungam de sua tese, “menos extrema-esquerda”.
Fonte: Metro 1 Reprodução