O presidente Jair Bolsonaro atravessou a Praça dos Três Poderes em Brasília a pé nesta quinta-feira (7) para se dirigir ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Procurada, a assessoria do STF informou que o encontro foi marcado de última hora e não estava previsto na agenda do presidente do tribunal, Dias Toffoli.
Bolsonaro ainda estava no STF até a última atualização desta reportagem. No encontro com Toffoli, disse que assinará um decreto para ampliar a quantidade de atividades essenciais em meio à pandemia do novo coronavírus (saiba mais abaixo o que o presidente disse no discurso).
O presidente estava acompanhado de empresários e ministros, entre os quais Walter Souza Braga Netto (Casa Civil), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Paulo Guedes (Economia). Segundo Guedes, foi uma “visita de cortesia”.
Parlamentares também acompanharam o encontro, entre os quais o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República, e o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ).
O presidente estava com máscara e a maioria das pessoas que o acompanhava também, mas algumas, não.
Discurso
Durante o encontro com Toffoli, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo em uma rede social.
Em um breve discurso de abertura da reunião, o presidente disse que a crise provocada pelo coronavírus levou “aflições” a empresários em razão do desemprego e da economia “não mais funcionar”.
Ainda no discurso, Bolsonaro disse que o efeito colateral do combate ao coronavírus “não pode ser mais danoso que a própria doença”.
“O objetivo da nossa vinda aqui, nós sabemos do problema do vírus, que devemos ter todo cuidado possível, preservar vidas, em especial daqueles mais em risco, mas temos um problema que vem cada vez mais nos preocupando: os empresários trouxeram essas aflições, a questão do desemprego, a questão da economia não mais funcionar. O efeito colateral do combate ao vírus não pode ser mais danoso que a própria doença”, declarou.
Segundo o presidente, os empresários querem que o STF ouça deles o que está acontecendo.
Bolsonaro disse também que o grupo de empresários levado por ele ao STF está preocupado com um eventual colapso da economia.
“Chegou a um ponto que a economia fica muito difícil de recuperar. Nós, chefe de poderes, temos que decidir. O Toffoli sabe que, ao tomar decisão, de um lado ou de outro, vai sofrer critica”, disse Bolsonaro.
Fonte G1