Eram 14 minutos do segundo tempo quando Gabriel Jesus, capitão da seleção brasileira no amistoso contra a Croácia, foi substituído. A faixa, então, foi parar em um braço bem conhecido: o de Thiago Silva. A cena deve se repetir na Copa do Mundo e desde o apito inicial. Quatro anos depois de capitanear o Brasil no Mundial em casa, o defensor cumpre o requisito estabelecido por Tite para usar a braçadeira na Rússia e tem tudo para entrar no rodízio estabelecido pelo treinador.
Mesmo sem individualizar a missão de capitanear a seleção, o técnico brasileiro quer que nomes experientes sejam os líderes – visíveis – da equipe na busca pelo hexa.
– Vai continuar o rodízio, mas com atletas que tenham experiência maior e já estejam calejados com esse nível e essa pressão da competição. Eles vão ser os mais utilizados – comentou o treinador, na véspera do amistoso contra os croatas.
Como Thiago Silva recuperou o status de titular, vencendo a concorrência com Marquinhos (companheiro de PSG), a presença dele é quase automática na lista dos que devem usar a faixa na Copa. E o fato de ele ter herdado a braçadeira de Jesus no amistoso é sintomático. Quem também é dotado dessa experiência requisitada por Tite, por exemplo, é Marcelo, Fernandinho, Miranda e, por fim, Neymar.
Tite via em Daniel Alves o capitão para os jogos mais importantes. O técnico admitiu isso publicamente e na prática, já que o lateral-direito usou a braçadeira contra Inglaterra e Alemanha. Após idas e vindas nos tempos de Dunga, Thiago Silva, por exemplo, voltou a ser o capitão com Tite no amistoso contra a Argentina, outro adversário de peso.
Mas o zagueiro da seleção, que chegou a reclamar com Dunga de ter perdido a capitania quando ela foi para Neymar, agora tira o peso do uso da faixa.
– Braçadeira é consequência. Não fico muito ligado nisso não. O mais importante é que dentro de campo continuamos uma linha de liderança, como todos os outros. Procuramos dividir responsabilidades – disse Thiago, após o amistoso contra a Croácia.
Fonte: iBahia