Quem não conseguiu garantir uma vaga numa universidade pública, mas também não tem grana para bancar um curso numa instituição privada vai contar com estímulos no segundo semestre de 2018. As plataformas Educa Mais Brasil e Quero Bolsas, além do Banco do Nordeste, anunciaram oportunidades para estudantes baianos.
São 138 mil bolsas na Bahia para este segundo semestre, além de financiamento. As oportunidades podem ser aproveitadas com cliques, mas é preciso atenção na hora de escolher. A dica é consultar o Ministério da Educação (MEC) para verificar a avaliação dos cursos e instituições antes de fechar negócio.
Das 55 mil bolsas oferecidas na Bahia pela plataforma Educa Mais Brasil, 20 mil são em Salvador e Região Metropolitana. São 400 cursos de graduação presenciais e de Educação a Distância (EaD) em 68 instituições e 416 campi.
Mais oportunidades
Quem tem pretensões também pode procurar o Quero Bolsa (www.querobolsa.com.br), que tem 83 mil oportunidades em 2,1 mil cursos com até 70% de desconto, em 40 faculdades. Não há taxas após o ingresso.
Em Salvador e RMS são 78 mil bolsas, em 1,7 mil cursos de 30 instituições. Interessados já podem fazer a consulta no site das instituições. Nas plataformas, o estudante não tem despesas após formado.
O Banco do Nordeste informou que também vai facilitar a vida dos estudantes, através do Financiamento Estudantil (Fies), que até então só era realizado pela Caixa. Na Bahia, 106 instituições estão habilitadas e 4.680 cursos.
Passo a passo
Para ganhar uma das bolsas do Educa Mais Brasil ou do Quero Bolsa, o candidato pesquisa nos sites os cursos e instituições desejados.
Quando encontrar a oportunidade que melhor lhe agrada, preenche dados e, depois, paga a pré-matrícula para assegurar a vaga. Em seguida, deve se dirigir até a instituição de ensino escolhida para fazer a matrícula, após um processo seletivo.
Cada uma das oportunidades oferecidas é resultado de uma negociação entre o Educa Mais Brasil e o Quero Bolsa com as instituições e tem validade para todo o curso. Na prática, o candidato que conseguir uma bolsa de 50%, por exemplo, terá esse desconto até o final do curso.
O Educa Mais Brasil cobra uma taxa semestral dos estudantes para garantir a manutenção do serviço. O valor pode ser parcelado em até seis vezes. Quem tiver dúvidas ou quiser mais informações pode entrar em contato com a instituição através do 0800 724 7202.
A diretora de Expansão e Relacionamento do Educa Mais Brasil, Andréia Torres, conta que existe uma equipe na empresa voltada exclusivamente para negociar as bolsas com as instituições. O percentual de desconto do Educar Mais Brasil é de até 70% em alguns estados. Na Bahia, a maioria das instituições oferecem cerca de 50% de abatimento nas mensalidades.
“O Educa Mais Brasil é um programa de inclusão educacional que permite a quem não pode pagar por um curso o apoio educacional necessário para estudar em uma faculdade”, explica Andréia.
Critérios
Os critérios e pré-requisitos para contratação das bolsas são informados nos sites, antes da pré-matrícula. O diretor de relações institucionais do Quero Bolsa, Marcelo Lima, diz que eles são simples.
“Não existe análise de crédito nem acadêmica. Então, se o estudante tiver com o nome negativado ou algo parecido, não tem problema. Ele precisa apenas de uma boa nota no Enem ou tirar uma boa nota no vestibular da faculdade pretendida. Mas como metade das salas está vazia, ele vai passar com facilidade”, afirmou. Em abril, o CORREIO mostrou que quase 60% das vagas oferecidas em faculdades particulares da Bahia estão ociosas.
Mais informações podem ser consultadas pelo site do Quero Bolsa ou por meio da central de atendimento, no telefone 0800 123 2222, de segunda a sexta-feira, entre 8h e 22h, no horário de Brasília. Por meio da campanha Matrícula Antecipada, a plataforma oferece mais de 1,5 milhão de bolsas em cerca de 1,2 mil faculdades privadas em todo o país.
O Educa Mais Brasil também não consulta SPC nem Cerasa para oferecer as bolsas. Agora, mãos à massa e vamos estudar.
Segundo o levantamento , a oportunidade de formação presencial com menor mensalidade é para Administração pela Isec – com 50% de desconto o valor é de R$ 149,50. Já a Educação a Distância (EaD) com a menor mensalidade é para Negócios Imobiliários pela Estácio, com valor de R$ 85.
O Educa Mais Brasil acrescentou à lista dos mais procurados Gestão de Recursos Humanos, Logística, Serviço Social e Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
A oportunidade presencial mais em conta no site é de R$ 130 para curso de Educação Física e R$ 85 para Gestão de Negócios e Gestão de Negócios Imobiliários EaD. Para concorrer a essas ou outras bolsas basta acessar o site, preencher o cadastro e fazer a pré-matrícula.
Além dos mais procurados, há as carreiras em alta. Mas a a vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos Seccional Bahia (ABRH Bahia), Margot Azevedo, alerta a plena transformação em que se encontra o mercado de trabalho: “As profissões que vão estar em alta nos próximos dez anos ainda não existem, serão inventadas”.
Porém, ela revela que algumas tendências já estão delineadas para os próximos anos. E há demanda por profissionais de áreas ligadas à inovação.
“Uma área que tem sempre lugar é a área de tecnologia. Vemos aí o fenômeno da indústria 4.0, nanotecnologia, robotização, que não apenas estão em alta agora, mas vão continuar”, diz.
Além de cursos ligados à tecnologia da informação, as engenharias ganham destaque como formações atreladas às demandas futuras do mercado. “A área de engenharia, de uma forma geral, como a mecânica, mecatrônica, a elétrica e tantas outras ligadas à inovação, está em franco crescimento”, aponta a especialista em recursos humanos.
Por mais que possa parecer surpreendente, profissões como agronegócio e aquelas ligadas à beleza e ao bem estar físico só tendem a crescer. “O mercado da beleza e bem estar é o terceiro ou quarto em termos de crescimento no mundo e o Brasil está super bem situado neste movimento. Áreas como perfumaria, cosmetologia e todo este mercado de saúde voltado ao bem estar deve ficar em alta”, avalia.
Ela pondera, entretanto, que de nada adianta o estudante se formar numa área que esteja em alta no mercado se não houver identificação com a profissão escolhida. “O jovem nunca vai se dar bem se de fato ele não tiver o talento, o brilho nos olhos por aquela área. Quando a gente trabalha no que a gente gosta é natural que se destaque”, diz, considerando este o principal fator da escolha profissional.
Fonte: Correio24horas