A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Feira de Santana, apontou um crescimento de quase 80% no número de casos de dengue. O boletim foi divulgado na quarta-feira (13).
O aumento é referente a comparação de dados entre os dois últimos boletins epidemiológicos. No boletim com números contabilizados entre 11 de março a 14 de abril, foram contabilizados 535 casos. Já no boletim seguinte, de 14 de abril até quarta-feira, o número de casos saltou para 952, ou seja, o aumento foi de 77,9%. O número de pessoas com chikungunya também aumentou, passando de 504 para 715.
Em 2020, conforme detalhado no boletim da secretaria de saúde, os locais de residência com mais casos notificados de dengue são os seguintes bairros: Brasília, Tomba , Conj. Feira X, Aviário, Parque Ipê, Centro, Campo Limpo e Jardim Acácia.
Apesar disso, moradores de outros bairros, como Papagaio e Pedra do Descanso estão preocupados com os dados. A atenção maior deles é com relação às carcaças de veículos que são abandonados nas ruas dos bairros. Isso porque esse veículos podem acumular água com facilidade.
“É uma chance muito grande de ter um foco de doença aí dentro, porque esses veículos estão abandonados, não têm vidro. Então as chuvas que vêm acontecendo constantemente podem gerar poças de água dentro do mesmo, e isso é um foco importante para que o mosquito venha a se desenvolver”, disse o professor de Educação Física, Rodrigo Araújo.
Os casos de Chikungunya, neste ano, já superaram o total registrado em todo o ano de 2019 em Feira de Santana. Em apenas quatro meses, foram 504 casos, enquanto em 2019 foram 301.
Na rua Florestópolis, que fica no bairro Papagaio, há inúmeros veículos abandonados que, com acúmulo de água, podem se tornar o ambiente ideal pra reprodução do Mosquito Aedes Egipty.
“Tem aranha, tipos de cobras, e isso deixa a população local um pouco temerosa, tensa com relação ao que está acontecendo”, contou o autônomo Eliomar Martins.
Além disso, na rua Utinga, no bairro Pedra do Descanso, moradores informaram que há uma carcaça de caminhão abandonada há mais de cinco anos.
A Secretaria de Serviços Públicos informou que tem conhecimento do problema e vai retirar as carcaças, mas ainda não definiu prazo.
Fonte G1