O governo federal estuda imitar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que passou a restringir proteções legais para empresas de mídias sociais, como Twitter, Google e Facebook. A medida foi adotada pelo governo pelo norte-americano nesta semana, após receber advertências em suas publicações no Twitter sobre conteúdo falso ou violento nas postagens da rede social. Através da plataforma, o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Filipe Martins, sinalizou o interesse da equipe de Jair Bolsonaro (Sem partido).
“O governo brasileiro está estudando essa medida e buscará implementar, pelas vias cabíveis, normas similares para garantir a liberdade nas redes”, escreveu. Em tweet, o assessor afirma que as empresas de mídias sociais não devem interferir no debate político de cada país, “que deve ser livre e espontâneo”. “As redes sociais são serviços de utilidade pública e, desta forma, devem pautar sua atuação no respeito às liberdades fundamentais, à privacidade de seus usuários.”
Ao assinar a ordem executiva para regular redes sociais, Trump definiu as medidas como “uma tentativa de eliminar o viés político” por parte das maiores plataformas da mídia social do País. A assinatura ocorreu dias depois de o Twitter direcionar usuários para artigos de notícias que verificaram o conteúdo das postagens do presidente. Segundo ele, a medida foi uma forma de “censura”.
Bolsonaro já foi alvo do Twitter em ações contra a divulgação de notícias falsas. No fim de março, a rede social apagou duas publicações da conta do presidente por violarem regras da empresa. Nas mensagens, o presidente conversava com ambulantes e estimulava a reabertura de comércios, indo contra a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Metro1