O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou a confirmação de um novo imposto para incidência sobre as transações financeiras digitais, como a antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ele admitiu que a proposta sofre resistência no Congresso, mas afirmou que a medida não é tão prejudicial como parece.
“É feio, mas não é tão cruel”, disse Guedes, em entrevista à rádio Jovem Pan. “Se todo mundo pagar um pouquinho, não precisa pagar muito”, afirmou.
A proposta é tributar as transações financeiras que ocorrem de forma digital com uma alíquota entre 0,2% e 0,4% por conta do crescimento das transações eletrônicas, com possibilidade de arrecadação expressiva para o governo. “Tem que pegar uma base que está crescendo. Para ter ideia, as notas fiscais eletrônicas entre companhias no mês de junho foram 70% acima do que no mesmo mês do ano passado. Mais e mais estamos entrando em um mundo digital. Ora, um imposto”, reforçou Guedes. E ele acrescentou que, por isso, “com uma alíquota pequenininha de 0,2% sobre o comércio eletrônico tem uma capacidade de arrecadação importante”.
A área econômica do governo também quer ampliar a contratação por hora trabalhada, em vez de salário mensal. O objetivo, segundo a equipe de Paulo Guedes é incluir no mercado de trabalho os 38 milhões de brasileiros considerados invisíveis socialmente e que fazem bicos e não trabalham com carteira assinada. Na avaliação de Guedes, os programas sociais do governo precisam ser destinados a garantir renda para os mais pobres. Por isso ele quer a unificação do Bolsa-Família com outros benefícios e criar o Renda Brasil. Entretanto, o ministro quer que esse programa estimule a educação e a ascensão social das famílias de baixa renda.
Metro1