O Mercado Livre tornou-se a maior empresa da América Latina em valor de mercado, segundo levantamento da consultoria Economatica. A empresa argentina dobrou de tamanho em 2020 com avanço do comércio eletrônico em meio à pandemia do novo coronavírus.
Com valor equivalente a US$ 59,3 bilhões ao fim do pregão desta sexta-feira (7), o Mercado Livre registra valorização de 108,7% em relação ao seu valor em 1º de janeiro de 2020. Naquela ocasião, a empresa valia US$ 28,4 bilhões.
No início do ano, a Petrobras era a líder do continente, com valor de mercado equivalente a R$ 101 bilhões. Depois da sequência de circuit breakers na bolsa brasileira, a Vale assumiu o topo da lista, que mantinha na maior parte dos pregões até esta semana.
Com a nova configuração, a empresa argentina (originalmente, Mercado Libre) é a única entre as 20 maiores da região, de acordo com essa métrica. O Brasil tem 13 companhias na lista, enquanto o México tem quatro. Colômbia e Peru tem uma.
O Mercado Livre divulga seus resultados no próximo dia 10, mas as expectativas são positivas vista a evolução do comércio eletrônico durante a pandemia. No primeiro trimestre, a empresa registrou prejuízo de US$ 21 milhões, mas a receita cresceu 70,5%, a US$ 652,1 milhões.
No Brasil, o Magazine Luiza segue lógica parecida e aparece em 11º lugar na lista. No primeiro trimestre, a empresa teve queda de 76,7% no lucro, que somou R$ 30,8 milhões contra R$ 132,1 milhões no mesmo período de 2019. Mas a receita também subiu 22% no período, para R$ 6,5 bilhões.
Dentre as demais brasileiras na lista, estão os quatro principais bancos do país, apesar da queda severa dos lucros durante a crise. O lucro líquido conjunto dos grandes bancos brasileiros no segundo trimestre deste ano foi 40% menor do que em mesmo período de 2019.
Juntas, as quatro instituições financeiras tiveram lucro de R$ 12,1 bilhões no segundo trimestre de 2020. A redução contra igual período do ano passado foi de 40%, quando a soma foi de R$ 20,4 bilhões. Mesmo com preços ainda descontados pela crise, dentro do top 10 na América Latina, o Itaú Unibanco ocupa o quarto lugar. Bradesco, o oitavo.
Fonte G1/Economia