O Ceará está mais uma vez no caminho do Vitória, agora pela Copa do Brasil. O jogo de volta da terceira fase do mata-mata nacional acontece nesta quarta-feira, 26, às 21h30, no Barradão. Como perdeu na ida por 1 a 0, ainda em março, o Rubro-Negro precisa vencer por dois gols de vantagem para se classificar ainda nos 90 minutos regulamentares. Em caso de triunfo pela diferença mínima, a vaga será decidida nos pênaltis.
Além do acesso para a quarta fase, está em jogo também a premiação de R$ 2 milhões para a equipe que avançar. Quantia considerável para os cofres rubro-negros. O valor é o dobro do que foi pago ao próprio Ceará pelo título da Copa do Nordeste, conquistada recentemente aqui mesmo, em solo baiano.
Por sinal, impedir que o Vozão tenha mais motivos para festejar em Salvador é outra questão que cerca a partida desta quarta. O Alvinegro, que já era carrasco do Leão por eliminar o Rubro-Negro em três edições seguidas do Nordestão (2013, 14 e 15), voltou a fazer isso este ano, e foi além. Maltratou também o rival.
O Ceará passeou contra o Bahia e foi campeão da Copa do Nordeste, mesmo com os dois jogos da final em Salvador. No último fim de semana, quando se reencontraram pela Série A, mais um triunfo incontestável dos cearenses. Ainda que rubro-negros e tricolores não se unam contra o algoz em comum, hoje o Vitória tem a chance de defender a honra do estado.
A freguesia dos times baianos para o Ceará foi tema na entrevista coletiva de Bruno Pivetti, técnico do Vitória, que preferiu minimizar os números. “Não consigo falar sobre o futebol baiano em temos gerais”, disse Bruno. “Cada jogo tem uma história. Não me apego a questões de tabu, tempo sem ganhar”, completou.
O número alto de confrontos recentes contra a dupla Ba-Vi pelo menos faz com que seja mais fácil analisar o Vozão. Depois do treino desta terça-fei, Bruno Pivetti falou um pouco sobre os pontos fortes do adversário, destacou as jogadas de bola aérea, e explicou como pretende segurar esses avanços.
“Sabemos que o jogo pelos lados do Ceará é forte, demonstraram isso na Copa do Nordeste. Nós temos dois caminhos que precisamos estar muito atentos. Primeiro, tirar a possibilidade de cruzamento do portador da bola adversária. Precisamos encurtar a marcação e ter as devidas coberturas para neutralizar o cruzamento justamente em sua origem. Como nem sempre o ideal é possível, a partir do momento que o cruzamento sair, precisamos estar bem organizados dentro da área para ganhar essas bolas aéreas”, disse o treinador.
Para levar vantagem na bola aérea, o Pivetti vai poder contar com um reforço de 1,84 m de altura. Wallace Reis, recém-contratado e regularizado pelo clube, foi relacionado para a partida. O zagueiro não atua desde dezembro do ano passado, mas surge como opção para a vaga de João Victor, expulso no jogo de ida.
“Wallace foi uma excelente contratação. Sabemos da qualidade do jogador, tanto em campo quanto no aspecto de liderança. Será importante. Está algum tempo sem jogar, em função da pandemia teve a continuidade em termos de treino e jogos prejudicada. Mas vem treinando bem e pode ser, sim, uma opção”, disse o comandante do Leão.
Fonte: A Tarde