O presidente Jair Bolsonaro esteve em Barreiras, no oeste da Bahia, na manhã desta sexta-feira (11), de onde pegou um helicóptero para São Desidério, para assinar um termo de compromisso e parceria entre a Construtora Engenharia, Construções e Ferrovias S/A (Valec) e o Exército Brasileiro, para construção de um trecho de 18 km da ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL).
Esta é quarta visita do presidente a cidades do Nordeste em menos de 50 dias. Em 21 de agosto, Bolsonaro esteve no Rio Grande Norte, quatro dias antes o presidente visitou Sergipe, e em 30 de julho esteve na cidade de Campo Alegre de Lourdes, norte da Bahia.
A extensão da ferrovia que será construída a partir do termo de execução assinado pelo presidente corresponde a cerca de 0,8% do trecho baiano da FIOL que, quando for concluído, vai ter 1.500 km de extensão entre Barreiras, no oeste baiano, e o Porto Sul, em Ilhéus. Esse trecho será no lote 6, que fica próximo à cidade de Correntina.
O prazo do convênio assinado pelo presidente Bolsonaro é de 24 meses, com investimento de R$ 115 milhões. Mais de 300 militares e civis vão trabalhar nas obras de infraestrutura e da superestrutura da ferrovia.
O presidente chegou no aeroporto Dom Ricardo Weberberger, em Barreiras, por volta das 8h50 desta sexta. No local, muitos apoiadores se aglomeraram. Bolsonaro não usou máscara de proteção da Covid-19 e pegou uma criança, que estava com o acessório, no colo.
Na Bahia, o uso de máscaras é obrigatório em pelo menos 385 cidades desde abril. Entre essas cidades estão Barreiras e São Desidério.
Ainda sem máscara, o presidente também parou na barreira de contenção e proteção instalada no local para tirar fotos com apoiadores, em meio a uma aglomeração. Neste momento, ele carregou outra criança, que usava máscara de forma inadequada.
O presidente pegou o helicóptero em direção a São Desidério por volta das 9h30 e pousou por volta das 10h. Lá, ele participou da cerimônia e fez um breve discurso sobre a obra. Ele estava acompanhado dos ministros Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, e general Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional.
Segundo a Valec, empresa ligada ao Ministério dos Transportes e responsável pelas obras da FIOL, a meta estabelecida pelo Ministério da Infraestrutura é de que, até o final de 2022, 85% da obra tenha sido concluída.
As obras de construção da FIOL começaram em 2011, em uma parceria entre os governos federal e da Bahia. No entanto, por falta de verbas, foi paralisada entre 2015 e 2017. A previsão era de que a FIOL tivesse construção concluída em 2014, mas ela segue sem previsão de finalização.
Quando concluída, a FIOL deve reduzir os custos de transporte de grãos, álcool e minérios destinados ao mercado externo.
Fonte G1/Bahia