Um incêndio motivado pela explosão de fogos de artifícios em casa de show mobilizou órgãos de socorro e segurança na manhã desta quarta-feira, 13, na Avenida Nóide Cerqueira. A tragédia que resultou em 100 vítimas com diferentes graus de queimadura fez parte de uma encenação com elementos bem próximos da realidade, tudo com o objetivo de treinar as instituições para socorrer o maior número de pessoas diante de um desastre.
A Policia Militar e a Guarda Municipal foram as primeiras equipes a adentrar ao cenário do incêndio fazendo o isolamento do local e afastando os curiosos, para que em seguida o Corpo de Bombeiros pudesse entrar em ação controlando o fogo e realizando a abordagem das vítimas até a área de triagem do Samu (Serviço de Atendimento Móvel e Urgência).
“Curiosidade” pode tornar qualquer pessoa uma vítima em potencial
“Diante de uma situação como essa a população deve acionar os órgãos através do 192, 193 ou 190, e afastar-se do local. O curioso pensa que não tem nada ali e se aproxima da área, sem saber do risco de mais alguma explosão, o que pode fazer dessa pessoa mais uma vítima em potencial. Então a orientação é afastar-se do local e respeitar o isolamento”, ressalta o Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros, José Alberto.
SAMU utiliza triagem de classificação de risco
Para o atendimento das vítimas, o Samu utilizou o método START – triagem que preconiza a classificação de risco das pessoas acidentadas. Em lonas coloridas, nas cores verde, amarela, vermelha e preta, as vítimas foram separadas por gravidade.
“As vítimas na cor verde são as que conseguem andar e falar normalmente ao serem retiradas do local de incêndio; as amarelas possuem gravidade moderada e recebem tratamento ainda no cenário; as vermelhas são as mais graves que precisam de atendimentos específicos e procedimentos invasivos ainda no local do cenário para que não evoluam a óbito, e as pretas são as vítimas em óbito”, esclarece a coordenadora do SAMU, Maíza Macedo.
Participante do simulado revela sonho de trabalhar no SAMU
Uma das estudantes de enfermagem que encenou vítima no incêndio, Carolina Cerqueira, relata ser apaixonada pela área de emergência e ter o sonho de trabalhar em um órgão como SAMU. “A gente participa sentindo toda emoção do processo. Eu sou apaixonada por essa área de emergência. É a terceira vez que estou no simulado, e pela primeira vez como vítima vermelha, com queimaduras extremas. Isso é uma contribuição imensa para mim”, relata.
O simulado utilizou o protocolo internacional de Sistema de Comando de Incidentes (SCI), medida que permite a integração dos esforços diante de uma planejamento operacional das ações.
Profissionais feirenses entre os mais preparados do país
Segundo um dos organizadores do evento, o técnico da Secretaria de Meio Ambiente, Sérgio Aras, Feira de Santana é um dos locais do Brasil que mais realizam treinamentos e simulados. “Seguimos o protocolo onde todas as ações são planejadas, mesmo sendo uma simulação a gente não pode agir com pressa no atendimento. Isso nos dar muito orgulho, porque as pessoas estão sendo preparadas de diversas formas”, relata.
O evento de iniciativa do Samu envolveu a Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Superintendência Municipal de Trânsito, Exército, Policia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Corpo de Bombeiros Civil, Policia Civil, Departamento de Polícia Técnica, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal, Coelba, Via Bahia, Defesa Civil e o apoio de estudantes da área de saúde.
Fonte: Secom Feira de Santana