Morreu neste domingo, 14, aos 90 anos, o ex-presidente da Argentina e atual senador pela província de La Rioja, Carlos Menem, como informou o jornal argentino Clarín. Menen estava internado há vários dias no Sanatório Los Arcos, no bairro portenho de Palermo, em Buenos Aires, com uma infecção urinária que se complicou e exigiu a internação devido a problemas cardíacos.
Menem presidiu a Argentina entre 1989 e 1999, sendo o político que governou o país por mais tempo de forma ininterrupta. Ele empreendeu uma política que ficou conhecida como “menemismo”, que consistia em privatizações, abertura comercial e modificações nos serviços públicos.
Uma mudança na Constituição permitiu a Menem a reeleição. Quando ele deixou a Casa Rosada, em 1999, a Argentina já estava em recessão. Ele ainda se candidatou à presidência novamente em 2003 e venceu o primeiro turno, mas desistiu da disputa no segundo escrutínio, dando a vitória a Néstor Kirchner.
Advogado, Menem começou a trajetória política em 1973, como governador de La Rioja, sua província natal. Após o golpe militar de 1976, Menem foi preso e ficou cinco anos na cadeia.
Senador por La Rioja desde 2005, Menem foi ativo na política até o fim da vida. Durante a pandemia, ele chegou a participar de algumas sessões virtuais do Senado argentino. O estado de saúde, porém, vinha se deteriorando nos últimos meses.
Em 2019, Menem foi condenado a três anos e nove meses de prisão por fraude na venda de um imóvel na década de 1990. Segundo a Suprema Corte argentina, o ex-presidente desviou recursos públicos na transação comercial. No entanto, ele acabou não sendo preso porque a prisão precisaria de uma condenação também pelo Senado, o que não ocorreu.
Fonte: A Tarde Reprodução