Sem surpresas antes do duelo decisivo da seleção brasileira na Copa do Mundo. Na véspera da partida contra a Sérvia, Tite confirmou a escalação que irá a campo às 15h (de Brasília) desta quarta-feira, no estádio do Spartak, em Moscou. Como se imaginava, sem mudanças em relação ao time que venceu a Costa Rica por 2 a 0.
Alisson, Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Paulinho, Philippe Coutinho, Willian e Neymar; Gabriel Jesus.
– (A Sérvia) tem a característica, sim, de bola aérea ofensiva, mas também a qualidade técnica individual. Jogadores de alto nível também. Temos a condição de poder neutralizar, evitar situações próximas, de faltas laterais, encurtar ou bloquear, e tirar proveito de alguma situação. Uma altura maior vai perder alguma coisa, a vida é assim. Estrategicamente vamos buscar. A equipe é a mesma – disse o treinador.
Tite mostrou tranquilidade ao falar do momento de pressão esperado no duelo decisivo desta quarta-feira. A emoção, segundo ele, é um ingrediente indispensável, assim como foi na estreia no comando da Seleção, contra o Equador, pelas Eliminatórias.
– Quero colocar para toda a nação brasileira. Estou em um posto, não sou… No primeiro jogo contra o Equador, o Tite chorou. O Tite chorou. Quando liguei para minha esposa, chorei de alegria, de satisfação, porque é nossa característica emocional. Chorei de prazer, de orgulho, de um momento de tanta pressão fazer um grande jogo.
– Tenho muito cuidado em fazer associações, só estou mostrando o outro lado. Entender que razão e emoção tem que estar equilibradas, e que há o momento do gelo, da calma, da lucidez. De manter padrão. O que é manter padrão? Aos 91 do segundo tempo, fazer um gol do jeito que a equipe está acostumada a jogar. A produção, principalmente do segundo tempo, e nesse quesito emocional me deixaram contente. Se vencer, ela se fortalece dentro de uma ideia que tem. E ela não abriu mão da sua ideia.
Após vitória contra a Costa Rica e empate na estreia com a Suíça, o Brasil lidera o Grupo E, com quatro pontos. Para avançar às oitavas de final sem depender de uma combinação de resultados, basta um empate em Moscou.
“Um dos motivos que fiquei feliz é porque das 23 finalizações, foram dez no gol. E por isso venceu, porque pôs o Navas para trabalhar. Aquele nível de aproveitamento, a gente pega uma observação quantitativa para uma análise qualitativa. Representa uma concentração maior e uma eficiência. Isso me basta”.
Sérvia pode ser um novo Tolima na sua vida?
“Pode. Todas as situações são possíveis. E eu não as descarto. Todo aprendizado que trouxe do passado… Com uma diferença. Também já estou há dois anos e pouco com essa equipe. Quando acabou o segundo tempo, me orgulhou. Porque normalmente chega 30 minutos do segundo tempo, bate desespero, há quebra de padrão, tu quer quebrar situação. Quando se manteve… ‘Nós vamos fazer, não é possível’. Hoje tenho dois anos de participações, 23 jogos. É pouco em relação ao Low. Eles ganharam aos 50 do segundo tempo, mantendo padrão. Aquilo que não tinha contra o Tolima, hoje tenho forte. Mas pode ser. É da vida”, responde o técnico à referência sobre a eliminação precoce na Libertadores no comando do Corinthians, em 2011.
Situação física de Neymar
“O Neymar só está nesse estágio de recuperação porque é bem dotado fisicamente, fora dos padrões normais. Caso contrário, não estaria. Não vim aqui para defender ninguém. Tanto é que quando foi bem contra a Croácia, houve toda uma situação, e eu disse ‘calma’. Se pegarem o mapa de calor contra a Suíça, é um. Contra a Costa Rica, tanto as jogadas de flanco, quanto por dentro, aumentou consideravelmente. Talvez mais um jogo ele esteja em sua plenitude. Não é dada a ele responsabilidade excessiva em cima de sucesso e insucesso. Cada um de nós tem sua responsabilidade, o conjunto resolve”.