Nesta segunda-feira, 28, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. A data marca a importância do combate à homofobia, por uma sociedade livre de preconceitos e igualitária.
Em Feira de Santana, a Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Saúde comemorou a data com palestra sobre políticas de saúde desta população. A iniciativa foi transmitida por live no Instagram, sem a presença de público.
Segundo a enfermeira referência técnica em saúde da pessoa LGBTQIA+, Jamiley Dias, as equipes que atuam nas unidades de saúde municipais já são capacitadas e sensibilizadas quanto ao atendimento deste público.
“Existe uma tendência desta população de buscar o serviço de saúde somente no último caso, nas unidades de urgência. E estamos trabalhando com a prevenção, para que não haja receio de buscar os serviço público de saúde. Os profissionais são capacitados quanto ao acolhimento e manejo adequado dos pacientes”, afirma.
A enfermeira destaca ainda que o nome social é lei e deve ser respeitado, inclusive existem espaços destinados para isso nos prontuários e sistema eletrônico do paciente. Além disso, melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS) estão sendo exploradas. “Estamos buscando ampliar, juntamente com o grupo técnico recém implantado, os serviços especializados e formalizar o acesso à cirurgia de transexualização em Feira de Santana, que atualmente é feita em outros municípios”, pontuou
Abordando sobre os aspectos psicossociais da população LGBTQIA+ e os atendimentos nos serviços de saúde, o psicólogo e palestrante, Claudson Cerqueira, afirma que ainda existem muitos desafios, principalmente na Atenção Primária à Saúde, quanto ao acolhimento e receio que este público tem em relação a estes serviços.
“Existem alguns estudos na literatura, algumas publicações e artigos científicos, que falam sobre a resistência e o medo, em especial os transexuais e travestis, têm em relação ao atendimento e se sentir acolhidos nestes espaços daí a importância do evento. Sensibilizar estes profissionais é fundamental para garantir o acesso à saúde e a prevenção de doenças quanto ao acolhimento”, ressaltou.
Para Valterney de Oliveira, enfermeiro e coordenador do grupo técnico LGBTQIA+ da Secretaria de Saúde, o Dia do Orgulho é de honra por existir e resistir.
“Digo resistir por enfrentarmos muitas dificuldades, apesar do avanço. Faço parte deste segmento e ainda é a realidade de muitas cidades e estados o itinerário terapêutico marcado por invisibilidade, patologização e violência. Muitos já foram mortos, expulsos de casa por serem quem são. Mas por que a alegria e o prazer de alguém incomoda? É um questionamento que deixo para a população”, salienta.
Fonte: Secom Feira de Santana