Em agenda na cidade de Teixeira de Freitas, no extremo sul baiano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez nesta terça-feira (28) um discurso voltado para os “mais humildes” em que exaltou o pagamento do auxílio emergencial como forma de socorrê-los em meio à crise econômica decorrente da pandemia.
Ao afirmar que sua gestão é responsável pelo “maior plano social do Brasil”, Bolsonaro voltou a culpar governadores que, segundo ele, “fecharam tudo”, em referência às medidas adotadas para contenção da Covid-19 nos estados.
“Sessenta e oito milhões de pessoas que perderam sua renda. Somente no ano passado, o Brasil gastou com vocês o equivalente a 13 Bolsas Família, um sinal de que nós nos preocupamos com os mais humildes”, disse o presidente, em uma espécie de recado a um público nos últimos anos assistido por programas de transferência de renda criados pelos governos do PT, a exemplo do próprio Bolsa Família.
As declarações de Bolsonaro ocorrem na esteira do pior patamar de reprovação ao governo desde que ele tomou posse no Palácio do Planalto. Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostra que 53% dos brasileiros consideram sua gestão ruim ou péssima, um novo recorde.
A cerca de um ano da eleição presidencial, o mandatário também vê despencar seus indíces de intenção de voto. No levantamento mais recente, feito pelo Ipec, Lula aparece com 48%, enquanto Bolsonaro soma 23%.
A passagem do presidente pela Bahia faz parte, portanto, de uma estratégia para tentar recuperar sua popularidade em uma agenda com inaugurações e entregas de obras —ações que marcam os mil dias de seu governo.
Em Teixeira de Freitas, ele inaugurou um equipamento poliesportivo denominado Estação Cidadania, entregou títulos de propriedades rurais e anunciou a duplicação das BRs-116 e 101.
Fonte Metro1