O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) acatou a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e processou o advogado criminalista José Luiz de Britto Meira Júnior, 50 anos. Ele é investigado por assassinar com um tiro a então namorada, Kézia Stefany da Silva Ribeiro, 21, no próprio apartamento, no bairro do Rio Vermelho.
O réu foi pronunciado pela Justiça há uma semana, na última sexta-feira (19), para que apresente, em dez dias, uma resposta à acusação do MP-BA, que atribui ao criminalista o feminicídio de Kézia. O TJ-BA diz ainda que uma audiência de instrução será agendada e, posterior a isso, o julgamento.
Tudo aconteceu no Condomínio Terrazo Rio Vermelho, na madrugada do dia 17 de outubro. Embora tenha afirmado à polícia que atirou em legítima defesa, Luiz teve o depoimento refutado pelo porteiro do residencial. À, o funcionário disse que a jovem relatou ameaças do ex-namorado. O aviso teria ocorrido momento antes do crime. Luiz foi autuado em flagrante por feminicídio.
Em entrevista ao Metro1, no mês do assassinato, a família constestou veementemente a linha de defesa do advogado criminalista quanto à legítima defesa. “Estamos indignados, queremos que ele seja homem e assuma o erro dele”, afirmou à época o irmão da jovem, Mateus Souza, 21. A família narrou um relacionamento de brigas e abusos psicológicos.
Após a prisão, a Ordem dos Advogados do Brasil seção Bahia (OAB-BA) chegou a solicitar segredo de Justiça – o que foi classificado pelo presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP), Adriano Batista, como “algo equivocado”.
Houve ainda a tentativa de manter o advogado – então membro da CDP e afastado após o crime – em prisão domiciliar por falta de sala de Estado-Maior.
Fonte Metro1