Usuários do ConecteSUS relataram, na manhã desta sexta-feira (10), que os comprovantes de imunização não estão aparecendo no aplicativo. Outros disseram que não conseguem sequer entrar no aplicativo.
Os relatos começaram a surgir pouco após um ataque hacker aos site do Ministério da Saúde e do ConecteSUS. Nas duas páginas, os invasores escreveram que o portal sofreu um “ransomware” e que “50 TB de dados foram copiados e excluídos”. Pouco antes das 7h, a mensagem não era mais exibida nos sites, mas eles continuavam inacessíveis.
Ransomware é um tipo de malware (vírus) que sequestra o conteúdo do computador da vítima e cobra um valor em dinheiro pelo resgate, geralmente usando a moeda virtual bitcoin, o que dificultar rastrear o criminoso.
Este tipo de “vírus sequestrador” age codificando os dados do sistema operacional de forma com que o usuário não tenha mais acesso.
O ConecteSUS é o aplicativo responsável pela emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, exigido para acessar locais públicos em diversos locais do país.
Comprovante de vacinas
O portal ConecteSUS, responsável pela emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, e de interação com Sistema Único de Saúde (SUS) – ligado ao Ministério da Saúde – , também foi afetado, saiu do ar e exibiu a mesma mensagem.
O Lapsus$ Group assumiu a autoria do ataque cibernético e deixou a seguinte mensagem: “nos contate caso queiram o retorno dos dados”.
Antes do fim da madrugada, a mensagem ficou intermitente até sumir dos dois portais. Mas os sites permaneceram fora do ar.
O Ministério da Saúde ainda não se posicionou sobre o ataque.
Anvisa já foi alvo de hackers
Em setembro, um dos sites da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também sofreu um ataque cibernético. Os hackers trocaram o conteúdo por uma bandeira da Argentina e uma mensagem.
O site alvo da ação é o dedicado ao preenchimento da Declaração de Saúde do Viajante (DSV), um documento obrigatório para todos os turistas vindos do exterior que desejam entrar no Brasil por via aérea.
O ataque ocorreu três dias depois da suspensão do jogo entre Brasil e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. A partida foi cancelada após a agência entrar em campo para retirar atletas argentinos que descumpriram a exigência de quarentena prévia para entrada no país.
Fonte G1