No ano letivo de 2021, a produção de conteúdos digitais pelos professores da Educação municipal, tanto para o YouTube quanto para a TV aberta, foi um desafio para todos. Da alfabetização aos anos finais do Ensino Fundamental, da contação de história a experimentações científicas, as aulas ganharam um novo formato. A pandemia da Covid-19 exigiu uma série de mudanças e favoreceu também um novo paradigma, com o uso de ferramentas da tecnologia para a educação.
Durante o último período, foram produzidos mais de 3 mil vídeos e 145 mil horas aulas, com o engajamento de 35 professores multiplicadores/orientadores. O resultado é a composição de uma biblioteca audiovisual diversa. Tudo a um clique de distância.
Para os multiplicadores, professores responsáveis pelas aulas gravadas, um mundo totalmente diferente. A professora Iane Carneiro, que produziu aulas para o 1º ano do ensino fundamental, destaca que precisou de muito “jogo de cintura”, pois o processo educativo requer a interação entre professor e alunos, o que deixou de ser possível durante o período de isolamento social.
“Ao gravar uma aula, me visualizo interagindo com as crianças, realmente tendo a troca, apesar de estar atrás de um computador. A vontade de impactar a vida de um estudante sempre será maior do que tudo”, conta Iane.
Plataformas e recursos interativos
Para encarar o desafio, os profissionais precisaram conciliar a docência e o aprendizado na prática de novas tecnologias, usando recursos dinâmicos e lúdicos para ensinar o conteúdo programático de maneira que a criança, em sua casa, pudesse acompanhar as aulas.
O uso de plataformas digitais, jogos, contações de histórias, entre outros recursos, foram essenciais nesse processo. Além de ensinar, o professor multiplicador precisou prender a atenção do estudante, que ali também é expectador.
“Quando recebi uma cartinha de uma aluna, com um desenho meu, foi a melhor recompensa que poderia ter. Ali, tive a certeza de que a minha missão estava sendo cumprida. Considero que essa experiência foi muito enriquecedora tanto para os professores quanto para os estudantes e suas famílias que também foram convidados a participar ativamente de todo esse processo”, destaca a professora.
Aulas dinâmicas
Outra grande conquista neste período foi a transformação dos momentos de conhecimento em diversão. A professora Suzana Santiago, também multiplicadora da equipe, criou o quadro “Adoro Ciências”, a fim de estimular a produção de experimentos científicos pelos estudantes. No quadro, as produções enviadas pelos próprios alunos também foram divulgadas nos programas de TV e internet.
“Eu quis tornar o momento de conhecimento leve e prazeroso para que não fosse só mais um programa de televisão. Então, a estratégia foi trazer a diversão, a experimentação, pois acredito que a gente aprende melhor dessa forma”, ressalta a professora.
Suzana ainda acrescentou que adquiriu uma bagagem de conhecimento grande, por isso, sai deste período ainda com mais experiência diversificada. “Reorganizamos a prática, estudamos, nos dedicamos e mostramos para os estudantes que eles não estavam sozinhos. É uma enorme sensação de dever cumprido”, avalia.
Fonte: Secom Feira de Santana